Pessoas não residentes da cidade chinesa de Wuhan, colocada em quarentena, e que não apresentem sintomas de contaminação pelo coronavírus Covid-19 vão ser autorizadas a sair, sob certas condições, anunciaram hoje as autoridades.
Wuhan e várias outras cidades próximas estão em quarentena desde 23 de janeiro passado, numa medida que afeta cerca de 60 milhões de pessoas.
Trata-se da primeira medida que alivia as restrições impostas às saídas da cidade, depois de vários estrangeiros, inclusive portugueses, terem sido autorizados a partir de avião, em missões de repatriamento organizadas pelos respetivos países.
Segundo o comunicado emitido pelas autoridades de Wuhan, não residentes podem deixar a cidade "caso não apresentem sintomas da doença" e "não tenham tido contacto com portadores do vírus".
Residentes com um motivo específico para sair, como por exemplo, procurar tratamento médico para doenças não relacionados com o surto, também podem ser autorizados a fazê-lo, assim como aqueles que vieram a Wuhan para ajudar na luta contra a doença.
Os candidatos vão precisar de aprovação prévia das autoridades e as partidas serão feitas gradualmente. O transporte aéreo e ferroviário não será retomado, para já.
No comunicado detalha-se que apenas duas pessoas poderão sair em cada automóvel, incluindo o motorista. Chegadas ao destino terão que se apresentar às autoridades locais e serão depois colocadas sob observação ao longo de 14 dias.
Certas localidades da China, incluindo Pequim, impõem uma quarentena de 14 dias no hotel ou em casa para pessoas vindas de outras províncias do país.
A província de Hubei, da qual Wuhan é a capital, soma a grande maioria da mortes e casos de infeção pelo Covid-19, que, no total, matou já 2.592 pessoas e infetou outras 77.150 na China continental.