O Presidente da China, Xi Jiping, admitiu hoje que o surto do novo coronavírus na China é a mais grave emergência de saúde desde a fundação do regime comunista, em 1949.
O surto de pneumonia viral pelo Covid-19, que já afetou pelo menos 77.000 pessoas na China, 2.400 das quais morreram, “é uma crise” e “uma enorme prova” para as autoridades chinesas, afirmou, em declarações transmitidas pela televisão estatal.
O Presidente chinês reconheceu por outro lado “lacunas” na resposta ao coronavírus.
A China já tinha sido, em 2002-2003, o ponto de partida da epidemia de SARS (síndrome respiratória aguda grave), que matou cerca de 650 pessoas no país.
Em comparação, o Covid-19 tem-se revelado “muito difícil de prevenir e de controlar”, disse o Presidente chinês numa reunião com os principais dirigentes do país.
As autoridades chinesas colocaram sob quarentena há exatamente um mês a cidade de Wuhan, onde surgiram os primeiros casos.
O surto, que se espalhou a três dezenas de territórios e afeta nesta altura cerca de 78.000 pessoas, tem efeitos negativos na economia chinesa.
Xi Jiping admitiu que haverá “inevitavelmente um forte impacto na economia e na sociedade”, mas assegurou que os efeitos serão de “curto prazo”.