A porta-voz do ministério russo dos Negócios Estrangeiros qualificou hoje como “deliberadamente falsa” a acusação dos Estados Unidos sobre uma campanha de desinformação movida pela Rússia nas redes sociais e relacionada com o novo coronavírus.
“É uma história deliberadamente falsa”, declarou a porta-voz, Maria Zakharova, citada pela agência noticiosa estatal TASS.
Esta foi a primeira reação oficial da Rússia às acusações emitidas por responsáveis norte-americanos, quando referiram que milhares de contas ligadas à Rússia no Twitter, Facebook e Instagram divulgavam desinformação norte-americana sobre o novo vírus.
A campanha de desinformação e de propagação de teorias da conspiração iniciou-se há um mês, num momento em que tinham sido registadas três mortes na China e 200 casos de pessoas infetadas em Wuhan, segundo estes responsáveis. Hoje, o balanço subiu para 2.363 mortos e mais de 76.000 casos na China continental e mais de 1.300 casos no resto do mundo.
A maioria dos casos ocorreu na China, em particular na província de Hubei, no centro do país, a mais afetada pela epidemia.
Além de 2.345 mortos na China continental, morreram seis pessoas no Irão, três no Japão, duas na região chinesa de Hong Kong, duas na Coreia do Sul, duas em Itália, uma nas Filipinas, uma em França e uma em Taiwan.
As autoridades chinesas isolaram várias cidades da província de Hubei para tentar controlar a epidemia, medida que abrange cerca de 60 milhões de pessoas.
Em Portugal, já se registaram 12 casos suspeitos, mas nenhum se confirmou.
Segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), há mais de meia centena de casos confirmados na União Europeia e no Reino Unido.