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Covid-19: Qatar acusa Arábia Saudita de "politizar uma questão humanitária"

LUSA
20-02-2020 20:30h

O Qatar acusou hoje a Arábia Saudita de querer “politizar uma questão humanitária”, ao dificultar a participação da ministra da Saúde catari numa reunião, em Riade, sobre medidas preventivas para impedir a propagação do coronavírus Covid-19.

“As autoridades da Arábia Saudita apenas concederam a Hanan al-Kuwari [ministra da Saúde do Qatar] a entrada em Riade, para participar numa reunião sobre medidas preventivas contra o novo coronavírus, depois da reunião começar”, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar, citado pela agência France-Presse, sublinhando que os sauditas querem “politizar uma questão humanitária”.

A reunião em Riade foi organizada pelo Conselho de Cooperação do Golfo Pérsico (GCC, na sigla inglesa), que integra o Bahrein, Kuwait, Omã, Qatar, Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.

A Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein e o Egito cortaram os laços diplomáticos com o Qatar em junho de 2017, acusando Doha de apoiar movimentos extremistas islâmicos e de se aproximar do Irão.

A acusações foram negadas por Doha, mas, desde então, estes países encerram o espaço aéreo à companhia aérea Qatar Airways e suspenderam a cooperação comercial.

O coronavírus Covid-19 já provocou 2.129 mortos e infetou mais de 75.000 pessoas a nível mundial.

A maioria dos casos ocorreu na China, onde o novo vírus foi detetado no final de 2019, na província de Hubei, a mais afetada pela epidemia.

Além de 2.118 mortos na China continental, morreram três pessoas no Japão, duas na região chinesa de Hong Kong, duas no Irão, uma nas Filipinas, uma em França, uma em Taiwan e uma na Coreia do Sul.

As autoridades chinesas isolaram várias cidades da província de Hubei, no centro do país, para tentar controlar a epidemia, medida que abrange cerca de 60 milhões de pessoas.

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