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Covid-19: Suíça adia cimeira sobre saúde devido à epidemia do novo coronavírus

LUSA
20-02-2020 18:00h

A Suíça adiou uma cimeira internacional sobre saúde devido à epidemia do novo coronavírus e na qual estaria presente o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) e ministros da Saúde, anunciou hoje o Governo suíço.

De acordo com o comunicado das autoridades suíças, a nova data para a realização da cimeira será posteriormente divulgada.

A 5.ª edição da Cimeira Ministerial Mundial sobre Segurança dos Pacientes, que seria realizada entre 27 e 28 de fevereiro em Montreux, foi cancelada “devido à epidemia do novo coronavírus (Covid-19), pois a presença de vários participantes é essencial” nos seus respetivos países, segundo o comunicado.

De acordo com as autoridades suíças, "alguns dos especialistas esperados em Montreux estão atualmente ocupados a administrar a crise nos respetivos países".

Assim, o Departamento Federal dos Assuntos Internos da Suíça, após notificar a OMS, decidiu adiar a cimeira, referiu o comunicado de imprensa.

"Esse adiamento para uma data posterior permitirá que lições sejam aprendidas com a gestão da epidemia do Covid-19 e com a eficácia das medidas tomadas nos vários países", acrescentou a nota.

Esperavam-se na cimeira profissionais da saúde, gestores da área e políticos de todo o mundo e o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Esta cimeira é organizada todos os anos, desde 2016, num país diferente.

O número de mortos devido ao novo coronavírus subiu hoje para 2.118 na China continental, no dia em que foi registado o menor aumento diário de novos casos de infeção em quase um mês, de 394.

O número de pacientes fixou-se, no total, em 74.576. No entanto, o número de novos casos diários é o menor desde 25 de janeiro.

Por outro lado, a província de Hubei, cuja capital Wuhan é o centro do surto, registou 108 novas mortes e 349 novos casos de infeção. Só Wuhan registou a maioria das vítimas mortais, 1.585, e dos casos de infeção, 45.027.

Várias cidades na zona estão em quarentena desde 23 de janeiro passado, numa medida que afeta cerca de 60 milhões de pessoas.

Globalmente, o vírus já infetou mais de 75 mil pessoas.

Além dos 2.118 mortos na China continental, morreram duas pessoas na região chinesa de Hong Kong, duas no Irão, uma nas Filipinas, uma no Japão, uma em França, uma na Coreia do Sul e uma em Taiwan.

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