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Covid-19: Autoridades iranianas criam gabinete de crise para enfrentar surto

LUSA
20-02-2020 13:52h

As autoridades iranianas criaram um gabinete de crise para enfrentar o novo coronavírus Covid-19, após as primeiras duas mortes terem sido oficialmente reconhecidas na quarta-feira e de hoje terem sido anunciados três novos casos confirmados.

Citado pela agência oficial IRNA, o porta-voz do executivo iraniano, Ali Rabiei, anunciou numa mensagem na rede social Twitter que, seguindo indicações do Presidente Hassan Rohani, o gabinete de crise, que efetuou hoje de manhã a primeira reunião, integra os ministros da Saúde, do Turismo, das Infraestruturas e representantes do Estado-Maior das forças armadas.

Não foram adiantadas quais as medidas decididas na reunião, realizada na sede do Ministério da Saúde e Educação Médica.

O anúncio surge 24 horas depois de o Irão ter reconhecido oficialmente a existência de dois casos mortais em Qom, 140 quilómetros a sul de Teerão, tendo num primeiro momento sido decidido reforçar o controlo nas fronteiras.

Noutro despacho, em que cita Kiyanoush Jahanpour, funcionário do Ministério da Saúde, a IRNA reportou hoje que foram confirmados mais três casos de contágio do novo coronavírus, elevando para cinco o total no país, em que se incluem a morte de dois idosos iranianos em Qom.

Os três casos hoje referenciados são de cidadãos iranianos que vivem em Qom.

Quanto à situação nesta cidade, a IRNA acrescenta que, entre as medidas postas em prática, figuram, a partir de hoje, o encerramento das escolas corânicas.

Na sua mensagem no Twitter, o porta-voz do governo apelou aos iranianos para se manterem atentos às informações que venham a ser divulgadas pelo Ministério da Saúde e para cooperarem com o governo no combater ao Covid-19.

O número de mortos devido ao novo coronavírus subiu hoje para 2.118 na China continental e o número de pacientes fixou-se, no total, em 74.576. No entanto, o número de novos casos diários é o menor desde 25 de janeiro.

Globalmente, o vírus já infetou mais de 75 mil pessoas.

Além dos 2.118 mortos na China continental, morreram duas pessoas na região chinesa de Hong Kong, duas no Irão, uma nas Filipinas, uma no Japão, uma em França, uma na Coreia do Sul e uma em Taiwan.

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