A segunda fase do concurso do novo hospital da Madeira será lançada até ao final do ano e o projeto está a decorrer dentro do previsto, afirmou hoje o líder parlamentar do CDS-PP da região.
"Ficamos a saber que, até ao final do presente ano, será lançada a segunda fase do concurso, o que significa que as obras estão a avançar bem e dentro de todos os requisitos legais", disse António Lopes da Fonseca após uma reunião com o secretário regional das Infraestruturas e Equipamentos, no Funchal.
Neste encontro foram abordadas as prioridades do executivo madeirense (de coligação PSD/CDS-PP) relativamente ao Orçamento Regional para o próximo ano, aprovado na quinta-feira no Conselho do Governo da Madeira e será debatido no parlamento do arquipélago entre 13 e 16 de dezembro.
O projeto do novo hospital da Madeira está orçado em 350 milhões de euros e conta com a comparticipação do Governo da República na ordem dos 50%.
Terá uma área de 172 mil metros quadrados, 607 camas, parque de estacionamento para 1.160 viaturas e heliporto.
Atualmente decorre a fase de escavação dos terrenos para a sua edificação na zona de Santa Rita, na freguesia de São Martinho, nos arredores da cidade do Funchal. Esta fase começou em maio deste ano, representando um investimento na ordem dos 19 milhões de euros.
O deputado centrista, citado numa nota divulgada sobre esta reunião, salientou ter-lhe sido transmitido que, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), está prevista a construção ou a reabilitação de 1.121 habitações na região.
“Estas são medidas vão ao encontro dos casais jovens e é uma das medidas que o CDS já tinha anunciado que gostaria de ver no Orçamento [Regional]”, sublinhou Lopes da Fonseca.
O parlamentar sustentou que “serão concretizadas nos próximos anos com verbas do PRR (136 milhões para a área da habitação) e, também, as prioridades que o Governo [da Madeira] enquadrou para o Orçamento de 2022”.
Outro aspeto abordado na reunião foi a transição climática, referindo Lopes da Fonseca que “há uma verba na ordem dos 69 milhões de euros, sobretudo para a reabilitação de duas centrais hidroelétricas na região, nomeadamente na Calheta e na Serra D’ Água, que irão permitir uma melhoria do aproveitamento dos recursos hídricos, para benefício das populações”.
A proposta orçamental, indicou, inclui medidas como os contadores inteligentes, a implementar “em todas as habitações da região e que vão permitir às pessoas monitorizar os seus custos e, consequentemente, poderem ajustar estes recursos no sentido de pouparem energia”.
“No que concerne ao Orçamento Regional, acreditamos que 2022 é um ano de consolidação, até porque, devido à pandemia, o próximo ano será de contenção, mas as obras irão para o terreno”, enfatizou.
O líder parlamentar realçou ainda que o PRR “vai sofrer um ligeiro atraso, tendo em conta que a nova Assembleia [da República] só irá aprovar o próximo Orçamento do Estado apenas em abril”.
Mas, indicou, o CDS-PP espera que a Madeira “não seja prejudicada” e que o atual cenário da política nacional “não tenha repercussões na região, porque uma situação destas iria atrasar os investimentos e as prioridades" do arquipélago.