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Cancro cervical poderá deixar de ser principal tumor associado ao HPV nos EUA

LUSA
20-05-2021 08:18h

Uma investigação nos Estados Unidos da América (EUA) concluiu que o cancro cervical poderá deixar de ser, durante os próximos anos, o principal tumor associado ao vírus do papiloma humano (HPV).

A despistagem e a vacinação contra o HPV ajudaram a diminuir substancialmente o número de casos de cancro cervical nos EUA nos últimos 20 anos.

Contudo, estão a surgir outros cancros associados ao vírus do papiloma humano.

“Um equívoco comum é de que a vacina contra o HPV resolve o problema dos cancros associados ao HPV. Infelizmente, isto não poderia estar mais longe da verdade”, explicou à Associated Press (AP) Maura Gillison, investigadora do Centro de Cancro da Universidade do Texas, que não está envolvido neste estudo.

Os resultados, divulgados na quarta-feira, pela Sociedade Americana de Oncologia Clínica mostram que, por exemplo, em homens deverão ser mais comuns os casos de cancro na região da boca e da garganta associados ao sexo oral.

Já em mulheres, deverão tornar-se mais comuns até 2025 os tumores retais associados ao HPV do que o cancro cervical.

O vírus do papiloma humano é a doença sexualmente transmissível mais comum nos Estados Unidos. A maioria das infeções não causa sintomas e desaparece sem necessidade de qualquer tratamento.

Contudo, há infeções que degeneram para cancros, cerca de 35.900 por ano, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla inglesa).

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