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Covid-19: Líderes do G7 prometem intensificar cooperação mundial com a China

LUSA
19-02-2021 17:17h

Os líderes do G7 comprometeram-se hoje, no final de uma cimeira ‘virtual’, a “intensificar a cooperação” na resposta à pandemia de covid-19, incluindo com a China, e a contribuir mais para a vacinação nos países em desenvolvimento.

Conduzida pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, no âmbito da presidência anual do Reino Unido, a cimeira – em que têm assento os sete países mais industrializados do mundo - juntou por videoconferência os presidentes norte-americano, Joe Biden, e francês, Emmanuel Macron, a chanceler alemã, Angela Merkel, e os primeiros-ministros japonês, Yoshihide Suga, italiano, Mario Draghi e canadiano, Justin Trudeau.

Participaram ainda os presidentes da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do Conselho Europeu, Charles Michel. 

“Vamos trabalhar juntos e com outros para fazer de 2021 um ponto de viragem para o multilateralismo e moldar uma recuperação que promova a saúde e a prosperidade da nossa população e planeta”, afirmam, no final da reunião.

Prometeram também "intensificar a cooperação na resposta em temos de saúde” à pandemia covid-19, e fortalecer o papel de liderança e coordenação da Organização Mundial de Saúde (OMS), nomeadamente no desenvolvimento e distribuição de vacinas a nível mundial, trabalhar com a indústria para aumentar a capacidade de produção e partilhar dados sobre novas variantes.

Graças a contribuições adicionais da Alemanha, União Europeia (UE) e Estados Unidos, os países do G7 totalizam donativos de 7,5 mil milhões de dólares (6,2 mil milhões de euros) para a iniciativa COVAX, que vai distribuir vacinas a países de médio e baixo rendimento, mas que também está a promover o desenvolvimento de novas terapêuticas, testes e vacinas.

A pandemia "mostrou que o mundo precisa de defesas mais fortes contra riscos futuros para a segurança da saúde global”, reconheceram os líderes, que prometeram maior cooperação com os países do G20, em particular com a China. 

Antes da reunião, Boris Johnson revelou que o Reino Unido vai disponibilizar a maioria do excedente de vacinas que tiver à COVAX, no final do ano, enquanto o Presidente francês, Emmanuel Macron, propôs, em entrevista ao Financial Times, que países europeus e os EUA devem reservar 4 a 5% das suas vacinas para países africanos.  

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.441.926 mortos no mundo, resultantes de mais de 110,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 15.754 pessoas dos 792.829 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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