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Covid-19: Câmara do Porto quer lançar nova linha de apoio a associações

LUSA
25-01-2021 15:59h

O presidente da Câmara do Porto anunciou hoje que, dentro de 15 dias, vai apresentar uma proposta de abertura de uma nova linha de Apoio de Emergência às Associações, como foi recomendado pela CDU, devido ao agravamento da pandemia.

"Será reativada a Linha de Apoio de Emergência às Associações do Porto", garantiu Rui Moreira na reunião privada do executivo onde foi aprovada, por unanimidade, uma proposta de recomendação da CDU em defesa da criação de uma nova "Linha de Apoio de Emergência às Associações do Porto" para 2021.

Citado numa nota publicada na página oficial do município, o independente comprometeu-se a apresentar na próxima reunião de executivo, dia 08 de fevereiro, uma proposta fundamentada e cabimentada.

"A proposta de recomendação é justa e justifica-se, na medida que estamos em situação de repetição, infelizmente, da situação que tivemos em março e abril do ano passado", observou.

Em declarações à Lusa, a vereadora da CDU, Ilda Figueiredo, congratulou-se com a garantia deixada pelo autarca, salientando que esta linha de emergência servirá como complemento ao Fundo de Apoio ao Associativismo, cuja abertura da terceira edição foi também aprovada por unanimidade.

Com uma dotação de 800 mil euros, a edição de 2021, à semelhança de 2020, será dividida em quatro eixos, contudo, "desta vez" está limitada a 28 projetos.

"Esta linha de emergência torna-se ainda mais importante quando o executivo deu uma diferente orientação ao Fundo de Apoio ao Associativismo. Só vai contemplar 28 projetos, pelo que ficam de fora, centenas de associações, em geral as mais pequenas que tem dificuldade em apresentar projetos", observou.

Ilda Figueiredo espera que o apoio no âmbito desta linha de emergência possa rondar os 1.000 euros por associação.

Sublinhando as diferenças entre o Fundo, mais estrutural, e a Linha de Emergência, o vereador do PS Manuel Pizarro congratulou-se com a aprovação deste apoio, esperando que o valor a disponibilizar possa ser superior aos 150 mil euros atribuídos em 2020.

O socialista salientou que, para o PS, num ano como o de 2021, a câmara devia apoiar muito mais o movimento associativo, reservando o Fundo de Apoio ao Associativismo apenas para associações de âmbito juvenil, desportivo, cultural, recreativo ou comunitário.

"E, no Fundo de Emergência Social, retomar uma linha de apoio às IPSS [Instituições de Solidariedade Social] e às associações de apoio à deficiência que existia quando eu era vereador do pelouro, com um financiamento de meio milhão de euros", indicou, indicando que

Ouvido pela Lusa, também o vereador do PSD, Álvaro Almeida, elogiou a decisão do executivo de abrir uma nova Linha de Apoio de Emergência às Associações do concelho, salientando que uma grande parte, com as quedas das receitas de bares e cafés, está em sérias dificuldades.

Quanto ao Fundo de Apoio ao Associativismo, que na edição de 2021 está limitado a 28 projeto, o social-democrata considera que não foi "uma má opção", permitindo às associações adequar o projeto ao financiamento que possivelmente vão ter.

"Senão, o que acontecia e aconteceu em edições anteriores, é que as associações foram contempladas, mas foram contempladas com uma verba que é insuficiente", rematou.

Na edição de 2020, de um total de 228 candidaturas apresentadas aos quatro eixos de intervenção, apenas 97 entidades foram contempladas.

Rui Moreira destacou esta "é a terceira edição em que a cidade tenta recuperar algum do apoio ao associativismo que antes não foi dado", advertindo, contudo, que não é "de um dia para o outro estas carências são resolvidas".

Em Portugal, morreram 10.721 pessoas dos 643.113 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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