A investigadora Elisabete Ramos afirmou que em Portugal, à semelhança do que acontece noutros países, a obesidade "aumentou ligeiramente mais" nas zonas rurais do que nas zonas urbanas.
A investigadora ressalva, no entanto, que existem falhas nos dados sobre regiões específicas que não permitem fazer um retrato preciso sobre Portugal.
"O que podemos dizer é que esperando que Portugal se tenha comportado da mesma forma que os países onde está inserido (países desenvolvidos) o que aconteceu é que as zonas rurais tiveram um aumento um bocadinho maior do que as zonas urbanas", afirmou Elisabete Ramos, investigadora do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP).
A investigadora, que falava à agência Lusa a propósito da sua participação no estudo publicado hoje na revista 'Nature', que conclui que, entre 1985 e 2017, a obesidade "aumentou mais" nas zonas rurais do que nas zonas urbanas na maioria dos países, admitiu não existirem "dados específicos" sobre Portugal que permitam compreender a diferença de padrões do Índice de Massa Corporal (IMC) nas diferentes regiões.
"Não há dados suficientes da zona rural e da zona urbana ao longo do tempo para poder fazer a trajetória em cada um dos sítios", referiu, adiantando que os dados do estudo, que envolveu as tendências de IMC de 112 milhões de pessoas de 200 países, "não são concretos".