Os serviços de atendimento ao público foram “temporariamente suspensos” em 24 de dezembro, depois de ter sido detetado um surto de covid-19 no Montepio Rainha Dona Leonor, nas Caldas da Rainha, no distrito de Leiria.

O presidente do Conselho de Administração (CA) do Montepio, João Marques Pereira, disse na altura à agência Lusa terem sido confirmados 18 casos de infeção pelo novo coronavirus: nove utentes do serviço de internamento, quatro enfermeiros e cinco auxiliares.

A instituição previa reabrir hoje os serviços ao público (consultas e exames médicos), porém, “devido a um problema técnico com parte dos testes realizados, foi necessário adiar a reabertura por 24 horas”, afirmou o administrador, salientando que “na sexta-feira estará tudo a postos para o funcionamento dos serviços a 100%”.

Durante a suspensão, 10 utentes, não infetados, foram temporariamente instalados na Escola de Sargentos do Exército, nas Caldas da Rainha, para permitir a desinfeção do espaço e a relocalização de utentes infetados.

“Esses utentes já foram de novo instalados no Montepio e a situação do internamento normalizada”, confirmou Marques Pereira.

O Montepio Rainha Dona Leonor é uma Associação Mutualista, fundada em 1860, e que se dedica à prestação de cuidados de saúde, bem como à gestão de um lar e de um conjunto residencial para pessoas idosas.

De acordo com o último boletim de situação epidemiológica publicado pela Comissão Distrital de Proteção Civil de Leiria, o concelho das Caldas da Rainha tem hoje 304 casos ativos de infeção. Desde o início da pandemia foram registados no concelho um total de 1.178 casos de covid-19, dos quais 841 pessoas recuperaram e 33 morreram.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.884.187 mortos resultantes de mais de 87,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 7.472 pessoas dos 456.533 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.