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Covid-19: BE questiona Governo sobre acordo com hospital da Póvoa de Lanhoso

LUSA
23-12-2020 14:16h

O BE questionou o Governo sobre a existência de protocolo com o Hospital da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso, após aquela unidade recusar atender um suspeito de covid-19 encaminhado pela linha Saúde 24, foi hoje divulgado.

Numa questão enviada ao ministério da Saúde, a que a Lusa teve hoje acesso, os eleitos do Bloco de Esquerda pelo distrito de Braga questionam se, caso exista um protocolo entre o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e aquele hospital, a recusa em atender aquele doente "configura ou não um incumprimento do mesmo".

No caso de não existir acordo, o BE quer explicações sobre o encaminhamento da linha de atendimento telefónico SNS24 para aquele hospital.

Segundo o BE, um caso suspeito de covid-19 deslocou-se ao Hospital António Lopes, da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso, "por indiciação da Linha SNS24, às 04:30 da madrugada" para despiste da infeção, sendo que "o cidadão terá sido recebido pelo vigilante de serviço no hospital".

Perante a recusa em o deixarem entrar, o cidadão "questionou sobre o motivo pelo qual não podia entrar no interior do hospital para ser atendido pelo médico de serviço".

"A resposta foi que, no momento, estava apenas um médico na unidade e não estava presente qualquer enfermeiro para realizar o teste de despiste. Foram, de seguida, e ao contrário das indicações da Linha SNS24, encaminhados para o Hospital de Braga", descreve o BE.

Segundo aquele partido, "interessa perceber a razão pela qual a Linha SNS24 decidiu encaminhar um caso suspeito de covid-19, de madrugada, para o hospital António Lopes, pertencente à Santa Casa da Misericórdia, e a razão pela qual este hospital se recusou a fazer o atendimento e o teste do caso suspeito, tendo-o reencaminhado para o Hospital de Braga, este sim, um hospital do SNS e de gestão pública".

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