O responsável da Misericórdia, João Luís Penetra, explicou à agência Lusa que, na origem do surto, estará um “enfermeiro que presta serviços no lar” e que teve resultado positivo para o novo coronavírus SARS-CoV-2.

“Este enfermeiro informou-nos imediatamente e ativámos o plano de contingência, contactámos a Saúde Pública e, no seguimento disso, no dia 07, foram feitos testes a todos os utentes e trabalhadores”, relatou.

Fruto dessa primeira testagem, continuou, foi identificado um total de “seis trabalhadores e uma utente” do lar infetados.

Esta semana foi realizada uma segunda testagem e os resultados, conhecidos na quinta-feira, fizeram aumentar o número de casos na estrutura residencial para pessoas idosas (ERPI).

“Dos 97 funcionários testados, apareceram mais dois infetados, o que quer dizer que temos oito trabalhadores” atingidos por este surto, embora “só estejam sete ativos, pois uma das funcionárias já está recuperada”, contou João Penetra, acrescentando que os trabalhadores “foram para casa e estão de quarentena".

"Têm estado a melhorar” e só “alguns” é que “têm sintomas ligeiros”, frisou o provedor.

Além disso, a testagem detetou “mais sete idosos” com o vírus que provoca a doença covid-19, elevando para oito o total de residentes: “Estão todos devidamente isolados” na instituição.

O provedor lamentou que, sem qualquer infeção desde o início da pandemia no Lar da Santa Casa da Misericórdia de Alcáçovas, que acolhe um total de 108 idosos, a covid-19 tenha agora “batido à porta”.

“Agora atacou-nos a nós também. Penso que temos estado a conseguir controlar a situação e estamos a trabalhar com todo o afinco para que não haja resultados piores”, disse o provedor, que garantiu estar a ter “todo o apoio das autoridades regionais e locais”.

Portugal contabiliza pelo menos 5.902 mortos associados à covid-19 em 362.616 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).

O estado de emergência decretado em 09 de novembro para combater a pandemia foi renovado até 07 de janeiro, com recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado.