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Covid-19: Vacinação no dia 27 vai arrancar com lote “simbólico” de 9.750 doses - António Costa

LUSA
17-12-2020 20:58h

A campanha de vacinação contra a covid-19 vai arrancar com um lote “simbólico” de 9.750 vacinas a partir de dia 27 de dezembro, disse hoje o primeiro ministro em conferência de imprensa após reunião do Conselho de Ministros.

“Neste primeiro lote que vai ser entregue ainda antes do final do ano são cerca de nove mil doses que vão ser entregues. É mais seguro, mais justo e mais compreensível podermos atribuir estas do primeiro lote, que é relativamente simbólico, para o arranque da operação, a um universo onde é mais fácil delimitar: um universo de 9.750 pessoas que poderão ser objeto da vacinação a partir do dia 27”, afirmou António Costa depois da reunião do Governo em que foram avaliadas e ajustadas as medidas de contenção da pandemia no Natal e no Ano Novo.

Segundo o primeiro ministro, o critério de vacinação “tem de ser ajustado em cada operação de vacinação em função da quantidade do número de doses que vão ser entregues”, explicando a razão de os residentes dos lares não estarem neste primeiro lote.

“Tinha de se adotar o ser entregue àquele grupo de pessoas em que, fazendo parte da primeira fase, podemos ter uma cobertura eficaz e tão universal quanto possível e não ao conjunto, onde certamente deixaríamos muitas pessoas de fora. Chamo a atenção que pessoas residentes em lares são cerca de 90 mil. Estarmos a selecionar nove mil dessas 90 mil seria muito difícil e, porventura, muito injusto”, disse.

O Conselho de Ministros de hoje aprovou também uma resolução que “autoriza a realização de despesa relativa aos contratos a celebrar para a aquisição de vacinas contra a Covid-19, no âmbito da primeira fase de procedimentos aquisitivos promovidos pela Comissão Europeia em nome do Estados-Membros da União Europeia", indica o comunicado emitido após a reunião do governo.

"A Comissão Europeia celebrou, até à presente data, seis Acordos Prévios de Aquisição com seis farmacêuticas, antevendo-se a subsequente necessidade de concretização dos respetivos processos aquisitivos por parte de cada Estado-Membro. Em complemento aos Acordos celebrados, há a necessidade de proceder igualmente a procedimentos aquisitivos referentes ao processo de vacinação, como sejam os custos relacionados com armazenamento e aquisição de vacinas e com os acessórios imprescindíveis à sua administração (designadamente seringas, agulhas, solventes)", adianta o comunicado.

O documento refere ainda que o Estado Português, através da Direção-Geral da Saúde, aderiu a todos os acordos já aprovados e que "sem prejuízo da Comissão Europeia continuar a negociar outros acordos semelhantes com outros fabricantes de vacinas", a resolução aprovada hoje pretende autorizar a realização de despesa para o ano de 2021 "no âmbito do procedimento europeu centralizado".

Em Portugal, morreram 5.902 pessoas dos 362.616 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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