"Cabe à autarquia criar as condições para uma correta assistência aos paredenses, fomentando um protocolo com hospitais, clínicas e até consultórios médicos concelhios, com serviços a valor convencionado, de forma a criar uma segunda linha de cuidados médicos", lê-se no comunicado dos social-democratas, que assinala ainda que os centros de saúde "não dão o apoio necessário".

No comunicado, o PSD quer também "testar a comunidade educativa para evitar a proliferação da pandemia" e que as "escolas fechem", bem como a criação de um "fundo de emergência social" com a atribuição de "cheque alimentos e cheque medicamentos" e o apoio ao "pagamento das rendas e da eletricidade".

No âmbito dos apoios às Instituições Particulares de Solidariedade Social, a oposição na câmara socialista quer a criação de "equipas de reserva" caso os funcionários fiquem "impossibilitados de continuar a atividade dos lares de idosos e no apoio domiciliário".

As corporações de bombeiros e as delegações da Cruz Vermelha do concelho figuram também no horizonte de apoios reclamados pelo PSD, que reclama a isenção do pagamento pela população de várias taxas e quer fasear o pagamento pelos arrendatários dos espaços comerciais sob gestão municipal ao mesmo tempo que reduz o prazo de pagamentos a fornecedores, lê-se no documento hoje entregue a Alexandre Almeida, presidente da Câmara de Paredes.

Criar uma parceria com uma instituição bancária para concessão de microcrédito a micro e pequenas empresas que não consigam aderir a outros apoios lançados pelo Estado e assumir os gastos do setor da restauração, durante a pandemia, com a entrega de refeições em casa, usando meios municipais e recorrendo aos taxistas do concelho, são outras das medidas reclamadas pelo PSD.

Citado pelo documento, o presidente da concelhia social-democrata em Paredes, Ricardo Sousa, lamentou "o fato de só agora [a câmara] ter implantado o Gabinete de Acompanhamento Psicológico e a Linha de Apoio ao Doente Covid-19, quando o PSD de Paredes há muito que o tinha sugerido ao executivo".

"Não é concebível rejeitar sugestões ou propostas só porque as mesmas são oriundas da oposição, prejudicando assim o bem-estar dos paredenses", criticou o dirigente partidário.

A Lusa tentou ouvir o presidente da câmara, mas até ao momento não foi possível.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.388.590 mortos resultantes de mais de 58,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 3.971 pessoas dos 264.802 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.