Em entrevista ao Canal S+, Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral da APED garante que se em Janeiro e Fevereiro de 2020, a faturação do sector era bastante saudável, o período relativo ao confinamento forçou um decréscimo muito acentuado.  A única exceção registada, foi no retalho alimentar que teve um crescimento de 5 a 6% e na venda online a retalho com mais de 8%, sobretudo de produtos eletrónicos.   

Segundo Gonçalo Lobo Xavier, secretário-geral da APED, há que ter em conta que os associados, que dão emprego a 130 mil colaboradores, tiveram de se adaptar à pandemia da COVID-19 em muito pouco tempo e em condições difíceis, o que obrigou a fazer investimentos que não estavam previstos. “Temos vindo a defender junto do Ministério das Finanças, uma majoração em sede fiscal destes investimentos em segurança para equilibrar um pouco as contas”, adianta o responsável.

Perante a inevitabilidade de um novo Estado de Emergência, que o Presidente da República pode decretar ainda esta semana, Gonçalo Lobo Xavier acredita que os “Portugueses aprenderam a lição” e não vão de novo acorrer às grandes superfícies, sobretudo as de retalho alimentar para fenómenos de “açambarcamento”.

Para o secretário-geral da APED, o retalho grossista vai “continuar a alimentar Portugal” sem qualquer tipo de constrangimento ou dificuldade.

A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) criou ainda um selo COVID free para os associados colocarem nos seus espaços, após um rigoroso processo de certificação. A iniciativa pretende “dar uma garantia aos consumidores” acompanhada por “uma mensagem de tranquilidade e confiança”, como explica Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral da APED ao Canal S+.

A APED, cujos associados detêm mais de 4000 lojas pelo país, garante ainda que a plataforma de logística da Azambuja, apontada na primeira vaga da pandemia, como um grande foco de infeção está a funcionar hoje com toda a normalidade, cumprindo rigorosamente as medidas de segurança.