Em Março e em Abril deste ano, quando a pandemia da COVID-19 surgiu na Bélgica, o país registou uma média diária de 1000 casos positivos diários. Hoje, volvidos oito meses, os números oficiais indicam 24 mil casos diários de novos infetados por SARS-COV 2, o que tem colocado todo o sistema de saúde debaixo de uma forte pressão.
Em entrevista ao Canal S+, Pedro Rupio, afirma “Sabemos que na zona de Liège, no sul da Bélgica, há hospitais sobrelotados”.
Para o presidente do Conselho Regional das Comunidades Portuguesas na Europa, os portugueses que vivem no país estão a acompanhar preocupados o evoluir da situação, numa altura em que hospitais na Holanda e na Alemanha estão já a receber doentes belgas.
A economia é outro problema para os emigrantes portugueses, sobretudo os que trabalham nos sectores da restauração e hotelaria, bem como na cultura, que segundo afirma Pedro Rupio, “são os mais lesados até ao momento”.
Apesar das consequências negativas da pandemia da COVID-19, que se abatem por todo o mundo e em particular na Europa, Pedro Rupio afirma que foram “criadas algumas medidas locais para apoiar as associações portuguesas e os seus elementos”. O presidente do Conselho Regional das Comunidades Portuguesas na Europa recorda, ainda assim que “agora, não se conseguem os mesmos montantes de apoio como na primeira vaga”.
Outro aspeto que começa a preocupar também os emigrantes portugueses é a proximidade do Natal e a provável impossibilidade de visitar a família a viver em Portugal, recorda.
Pedro Rupio, presidente do Conselho Regional das Comunidades Portuguesas na Europa, espera que as novas medidas restritivas de combate à COVID-19 decretadas pelo governo belga comecem, brevemente, a refletir melhores balanços epidemiológicos.
O último balanço divulgado hoje pelas autoridades de saúde belgas dá conta de mais 11 mil 789 novos infectados.