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PCP preocupado com transferência de serviços do Hospital de Aveiro

LUSA
27-10-2020 13:22h

O PCP manifestou hoje “preocupação e sérias dúvidas” quanto à transferência de serviços do Hospital de Aveiro para Águeda e Estarreja.

A tomada de posição pública do PCP surge na sequência de uma reunião com o conselho de administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, que decidiu transferir de Aveiro para Estarreja a unidade da dor e para Águeda o hospital de dia. 

Quanto à transferência do hospital de dia para Águeda, o PCP chama a atenção para os transtornos causados aos utentes, nomeadamente por se tratar de “uma localidade com um tão escasso serviço de transportes públicos”.

“Além de que terão que se deslocar em dias diferentes ao Hospital Infante D Pedro para a realização de análises, e posteriormente para o Hospital de Águeda para a realização do tratamento”, acrescentam os comunistas.

“Trata-se de uma situação que o PCP considera incompreensível, obrigando estes utentes a deslocações desnecessárias”, criticam.

O PCP refere ainda que “a mobilidade dos profissionais e as condições existentes na unidade de Águeda são elementos que acrescentam sérias condicionantes à solução encontrada”.

Em relação ao futuro do Hospital Visconde de Salreu, que recebeu a unidade da dor, o PCP, após a reunião com a administração hospitalar, refere que “foi dado a conhecer a intenção de, para além dos cuidados paliativos já existentes naquele hospital, ser também instalada uma unidade de cuidados continuados, não havendo qualquer perspetiva estratégica de alargar a outras valências e, muito menos, de reabrir o serviço de urgência”.

Realçando que a população de Estarreja necessita da urgência básica, o que tem vindo a reivindicar desde o seu encerramento em 2007, “o PCP rejeita (o fecho) e continuará a batalhar pela reabertura deste serviço.

O PCP expressou ainda preocupação com a falta de profissionais de todas as áreas, no conjunto do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, tendo registado “com surpresa, a garantia dada pela administração que, de uma forma geral, não se verifica falta de pessoal e que hoje existem os profissionais necessários para dar a resposta adequada às exigências atuais”.

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