Com os números de internamentos por COVID-19 a crescerem em todos os hospitais do país, João Gouveia lembra que o acesso aos cuidados intensivos é sempre bastante rigoroso com uma triagem extremamente criteriosa, dada a especificidade e diferenciação dos cuidados prestados ao doente. Para o Presidente da Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos, há um aspecto que nem sempre é muito  mencionado, dado que “Muitas vezes o melhor que podemos fazer ao doente é garantir-lhe conforto”, adianta.

Em entrevista ao Canal S+, João Gouveia explica ainda como é que em plena pandemia os médicos encontram tempo para se informarem sobre as melhores práticas para travar o SARS-COV-2, tendo em conta a produção de estudos científicos que têm surgido nos últimos meses por todo o mundo. O especialista em medicina interna e intensiva garante que agora, volvidos 7 meses do início da pandemia, já começam a aparecer estudo mais rigorosos com a devida revisão dos pares (peer review).

Para João Gouveia todos os esforços para se encontrar uma vacina contra a COVID-19 são extremamente positivos, mas o Presidente Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos não acredita que a vacina surja de facto na Primavera de 2021, como chegou a ser adiantado por diversos organismos internacionais. “Acho um bocadinho cedo para conseguirmos ter resultados finais com alguma segurança”, sublinha.

O último relatório da Direção Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje dá conta de mais 27 mortos nas últimas 24 horas, mais 1341 novos infectados 1079 doentes recuperados.