Mais de três mil casos de Ébola foram registados na República Democrática do Congo, país onde a epidemia de febre hemorrágica já matou mais de duas mil pessoas desde agosto de 2018, revelaram domingo as autoridades de saúde.
Desde o início da epidemia, declarada em 01 de agosto de 2018, já se registaram 3.373 casos de Ébola, com um total de 2.231 mortos, de acordo com os dados disponibilizado no sábado pelo Comité Multissetorial de Resposta ao Ébola.
As províncias de Kivu do Norte e Ituri, no leste, são as mais afetadas.
As autoridades revelaram ainda que “341 casos suspeitos estão sob investigação”.
Os esforços para controlar a doença são frequentemente interrompidos devido à insegurança provocada pela presença de milícias nas zonas mais afetadas. Membros das equipas “anti-Ébola” já foram mortos ou feridos em ataques armados no norte do Kivu e Ituri.
Os locais onde estão instaladas estas equipas também têm sido alvo de ataques nessas regiões.
A atual epidemia de Ébola é a décima registada na República Democrática do Congo e a segunda mais grave, depois de em 2014 cerca de 11 mil pessoas terem morrido na África Ocidental.
O vírus Ébola é transmitido através do contacto direto com sangue e fluidos corporais contaminados, causa febre hemorrágica e pode atingir uma taxa de mortalidade de 90% se não for tratado a tempo.