SAÚDE QUE SE VÊ

Empresa tecnológica desenvolve plataforma para apoiar prestação de cuidados continuados

LUSA
20-12-2019 16:33h

Uma empresa tecnológica está a desenvolver uma plataforma, que incorpora a componente Internet das coisas, para permitir a cuidadores receberem informação para a prestação de cuidados continuados, revelou hoje fonte ligada ao projeto.

Desenvolvida para a “Social Cooperation for Integrated Assisted Living” pela Microio, empresa tecnológica nascida na incubadora de empresas da Universidade de Aveiro, a solução tecnológica destaca-se por fornecer uma informação integrada, desde os estilos de vida à hospitalização ou institucionalização, e à criação de ferramentas para ligação e interação com as várias entidades e intervenientes envolvidos.

“Esta solução viabiliza a monitorização não invasiva dos idosos, com vista à deteção de ocorrências que possam requerer intervenção, mas também o acompanhamento da respetiva consistência comportamental para identificação de desvios, de outra forma impercetíveis, que podem permitir identificação de declínios de bem-estar ou mesmo de condições de saúde”, explicam os promotores.

A componente Internet das Coisas (iot), desenvolvida pela Microio, caracteriza-se pela “interoperabilidade, garantia de privacidade, integridade e confidencialidade da informação pessoal recolhida”.

Atualmente, a instalação da componente iot está a ser testada na Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro, no Living Usability Lab.

Sob a orientação da International Classification of Functioning, Disability and Health (ICF), foi definida uma abordagem com sensores iot de consumo elétrico, para aparelhos do dia-a-dia, de contacto, para portas ou janelas, de pressão, aplicável a sofás ou camas, e de movimento, para divisões ou locais de passagem.

O sistema é complementado por um ‘gateway’ para ligação e encaminhamento das comunicações à plataforma SOCIAL, juntamente com um módulo de ‘software’, de deteção de eventos significativos.

“Deste modo, é colocado ao cuidador as ferramentas e mecanismos para a definição de regras de vigilância e de receção de notificações em caso de ocorrência”, explicam.

O projeto SOCIAL foi desenvolvido no âmbito de um consórcio que envolveu a Microio, a Kentra Technologies, a Digital Wind, a Universidade de Aveiro e o Instituto Pedro Nunes, e contou com o cofinanciamento do COMPETE 2020, com um investimento elegível de 1.731 milhões de euros, correspondendo a 1.065 milhões de euros de cofinanciamento de Fundos da União Europeia (FEDER e FSE).

MAIS NOTÍCIAS