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Saúde mental será "claramente uma prioridade" já com reflexo no OE 2020

LUSA
16-12-2019 18:03h

A ministra da Saúde garantiu hoje que a saúde mental vai ser “claramente uma prioridade” da atual legislatura, que será refletida na proposta do Orçamento do Estado para o próximo ano.

A criação de equipas comunitárias de saúde mental para a infância, adolescência e também para tratamento de adultos é uma das apostas do Governo nesta área, indicou a ministra Marta Temido durante a apresentação do relatório do Conselho Nacional de Saúde sobre saúde mental.

“A saúde mental vai ser claramente uma prioridade desta legislatura e as recomendações do Conselho Nacional de Saúde estão muito em linha com as preocupações da nossa ação governativa e com o que vão ser as nossas prioridades, desde logo a questão das equipas comunitárias de saúde mental”, afirmou a ministra aos jornalistas no final da sessão de apresentação do documento, que decorreu em Lisboa.

Marta Temido adiantou ainda que o Governo quer garantir que todos os hospitais de agudos têm internamento de psiquiatria e saúde mental, indicando que há quatro unidades que ainda não dispõem dessa valência.

Escusando-se a especificar valores, a ministra disse que a proposta de Orçamento do Estado para 2020 que hoje será entregue na Assembleia da República vai detalhar montantes que serão aplicados nas várias áreas e ações da saúde mental.

O relatório do Conselho Nacional de Saúde hoje divulgado aponta para uma insuficiente resposta de cuidados continuados em saúde mental, que obriga um número elevado de doentes a permanecerem internados e defende ser urgente alargar a oferta para dar resposta aos doentes e às famílias.

O documento indica ainda que o Estado deve planear os recursos humanos em saúde mental para a próxima década, eliminando as assimetrias geográficas e a escassez de profissionais, para que o Serviço Nacional de Saúde possa prestar cuidados de qualidade atempadamente, preconiza um estudo.

A falta de recursos humanos na área da saúde mental é também apontada no relatório, que admite contudo um aumento de profissionais nos últimos quatro anos.

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