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CDS quer “esperar para ver” se promessas na saúde passam a realidade

LUSA
11-12-2019 18:56h

O CDS-PP disse hoje querer “esperar para ver” se os anúncios de reforço de verbas e funcionários na saúde passam de promessas a realidade, prometendo ficar “muito atento” às alterações que o Governo prevê introduzir na gestão.

“Tivemos um anúncio, para já são só palavras, vamos ver qual é a realidade”, afirmou a líder parlamentar do CDS-PP, Cecília Meireles, em declarações aos jornalistas no parlamento, a propósito do reforço do Programa Operacional da Saúde em 800 milhões de euros, que vão estar já contemplados no Orçamento do Estado para 2020.

A deputada democrata-cristã apontou o exemplo das obras na ala pediátrica do Hospital de São João, no Porto, que foram sendo adiadas, para considerar que em matéria de promessas do Governo é mais prudente “esperar para ver”.

“Nesta matéria, o CDS ficará atento e esperará para ver se as promessas do governo, sobretudo as relacionadas com gestão mais eficiente, se concretizam”, afirmou.

A líder parlamentar do CDS-PP disse ter ouvido “com alguma esperança” a intenção do Governo de introduzir algumas alterações em matéria de gestão na saúde, “mas ainda falta concretizar”.

“Quando o dinheiro é mal gerido não chega atirar dinheiro para cima dos problemas, o dinheiro mal gerido leva a que o sistema gaste mais dinheiro e os doentes não sejam bem assistidos”, alertou.

A deputada defendeu que, através do alargamento da contratualização com o setor social, é possível “gastar o mesmo ou menos” no setor da saúde, aproveitando a “capacidade instalada e servindo melhor o doente”.

Cecília Meireles apelou ainda ao Governo que responda a um desafio já feito várias vezes pelo CDS: se aceita que o acesso à ADSE possa ser alargado a todos os portugueses, em vez de ser apenas um sistema dos funcionários públicos.

No Conselho de Ministros de hoje, além do reforço de verbas, foi também anunciado um reforço de até 8.400 profissionais de saúde, em 2020 e 2021, distribuídos por todos os grupos profissionais.

A ministra da Saúde anunciou ainda um conjunto de medidas relacionadas com a melhoria do desempenho e “um quadro de estímulo ao desenvolvimento de novos modelos de gestão sensíveis ao desempenho, aos resultados”

A partir de 2020, as unidades de saúde que integram o SNS com a natureza de entidade pública empresarial terão um reforço da autonomia, nomeadamente em matéria de contratações de substituição de profissionais de saúde, e a aplicação da lei dos compromissos e pagamentos em atraso será adequada à especificidade do setor e à nova realidade de baixo endividamento.

O Conselho de Ministros de hoje aprovou o Plano de Melhoria da Resposta do Serviço Nacional de Saúde, garantindo o Governo que este é "o maior investimento inicial" de que há registo recente no SNS.

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