O PSD de Barcelos defendeu hoje que o PS “tem todas as condições” para conseguir um novo hospital para aquele concelho e que “não tem mais desculpas” para não avançar com a obra.
Em comunicado, o PSD manifesta também “preocupação” pelas recentes declarações da ministra da Saúde, que não se comprometeu com a construção do novo hospital de Barcelos.
“Com responsabilidades no Governo e na câmara, o Partido Socialista tem todas as condições para conseguir a construção do novo hospital, pelo que não tem mais desculpas”, refere o PSD.
Sublinha que Barcelos “necessita de um hospital moderno e funcional” e “não pode ser prejudicado nem desvalorizado” comparativamente a outros concelhos da região com hospitais que servem populações de dimensão similar.
Na sexta-feira, o presidente da Câmara de Barcelos, Miguel Costa Gomes (PS), pediu à ministra da Saúde a inclusão de “seis ou sete milhões de euros” no próximo Orçamento do Estado para início da construção do novo hospital local.
Na resposta, Marta Temido não assumiu qualquer compromisso, afirmando apenas que é preciso saber “onde é que os portugueses consideram prioritário pôr os seis ou sete milhões”.
Para Marta Temido, “é tudo uma questão de prioridades”.
“Não quer dizer que as escolhas não venham a ser feitas, mas a questão é perguntar por onde vamos começar no ano de 2020”, referiu.
A funcionar num edifício propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos, o hospital dá resposta a 154 mil habitantes daquele concelho e de Esposende.
Em 2007, o Governo e a Câmara de Barcelos assinaram um protocolo para a construção do novo hospital daquela cidade.
Segundo o protocolo, à câmara caberia adquirir os terrenos necessários para o efeito.
Miguel Costa Gomes disse à ministra que a câmara está "definitivamente” pronta para “fazer a sua parte”.
O PSD diz que a Câmara “passou 10 anos a fazer demagogia” sobre o tema.
Segundo o protocolo, o valor do investimento foi orçado em 83,3 milhões de euros, incluindo obra e equipamento, e o prazo de conclusão apontava para 2014. No entanto, a obra ainda não saiu do papel.