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PCP defende “necessidade absoluta” de novo hospital central do Alentejo

LUSA
06-12-2019 12:16h

O presidente da bancada parlamentar do PCP defendeu hoje a "necessidade absoluta" de construção até 2023 de um novo hospital central do Alentejo, em Évora, após visita ao Hospital do Espírito Santo, dividido por três edifícios naquela cidade.

João Oliveira falava aos jornalistas após uma visita às diversas unidades daquela instituição hospitalar que é atravessada pelo traçado do IP2, cujo tráfego afeta o seu normal funcionamento e as condições de atendimento dos utentes.

"A visita ao Hospital do Espírito Santo, em Évora, confirmou precisamente aquilo por que temos vindo a lutar - a construção de um novo hospital central que sirva todo o Alentejo. Não para substituir os hospitais mais próximos das populações - no litoral alentejano, em Beja, em Portalegre -, mas para complementar a resposta que é dada na região para evitar que os alentejanos tenham que ser empurrados para Lisboa para que tenham acesso aos cuidados de saúde", disse.

Para o deputado comunista, que liderou uma comitiva inserida nas jornadas parlamentares que hoje terminam, o futuro hospital "é, de facto, uma necessidade absoluta".

"Continuaremos a batalhar para que, depois de concluído o processo de concurso, que já foi lançado, a obra seja adjudicada e o hospital possa entrar em obra ainda em 2020 porque essa é, verdadeiramente, a garantia de que o processo se torna irreversível para que, em 2023, possamos ter o novo hospital", sublinhou.

O Hospital do Espírito Santo tinha previstas para 2018 16.450 cirurgias e cerca de 189.000 consultas. Os três edifícios que constituem este hospital central alentejano têm um total de 314 camas e beneficiaram de um total de 9,5 milhões de euros de investimento entre 2016 e 2019.

João Oliveira salientou ainda a necessidade de "encontrar condições para fixar no Alentejo os profissionais para prestar os cuidados de saúde às populações", através de "medidas de incentivo, melhoria das condições de trabalho e para evitar que o Serviço Nacional de Saúde continue a ser sangrado de profissionais pelo negócio da doença que vai proliferando por todo o lado, sobretudo nas regiões do interior"

O líder parlamentar do PCP referia-se a médicos, mas também a enfermeiros e técnicos superiores e de diagnóstico.

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