O líder da Iniciativa Liberal, Cotrim de Figueiredo, considerou hoje que “não há bom senso nem clareza” nas orientações dadas aos portugueses na presente fase da pandemia, apontando “sinais muito preocupantes”.
“Pode-se pescar, não se pode caçar, pode-se cortar o cabelo às 10:00, não se pode cortar às 08:00. Pode-se apanhar sol se se estiver deitado num parque, não se pode apanhar sol na praia. Pode-se apanhar uma onda com prancha de surf mas se não tiver prancha de surf não se pode apanhar essa onda”, exemplificou Cotrim de Figueiredo.
O deputado único da IL considerou que “os últimos dias têm trazido sinais muito preocupantes”, e que “não há bom senso nem clareza naquilo que é transmitido aos portugueses”, ao falar aos jornalistas no final da sexta reunião com peritos e políticos sobre a situação epidemiológica em Portugal, no Infarmed, Lisboa.
Cotrim de Figueiredo sublinhou que continua a haver, depois do estado de emergência, proibições e limitações a liberdades individuais, destacando que basta uma resolução do conselho de ministros para decretar “cercas sanitárias ou limitações de circulação de pessoas no território nacional”.
Para o líder da IL, o bom senso das orientações é o primeiro pressuposto para haver confiança para as pessoas voltarem a trabalhar e a fazer a sua vida normal, permitindo uma retoma económica “que urge”.
Portugal contabiliza 1.184 mortos associados à covid-19 em 28.319 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.
Relativamente ao dia anterior, há mais 9 mortos (+0,8%) e mais 187 casos de infeção (+0,7%).
Das pessoas infetadas, 680 estão hospitalizadas, das quais 108 em unidades de cuidados intensivos, e o número de casos recuperados é de 3.198.