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Covid-19: Marcelo espera que continue sintonia entre quem decide e os portugueses

LUSA
14-05-2020 14:22h

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou hoje fundamental que continue a sintonia “entre quem tem de decidir e os portugueses”, cujo comportamento vai determinar o equilíbrio entre a abertura e o controlo da pandemia.

À saída da sexta reunião no Infarmed, em Lisboa, para avaliar a situação epidemiológica em Portugal devido à covid-19, Marcelo Rebelo de Sousa foi ainda questionado sobre a permanência do ministro das Finanças, Mário Centeno, no Governo, e toda a tensão em volta do caso das transferências para o Novo Banco, mas o Presidente da República escusou-se a responder, afirmando que esta matéria não foi tratada neste encontro entre especialistas, atores políticos e parceiros sociais.

“Como lhe digo, é uma matéria em que em nenhuma das várias posições e em nenhuma das várias questões se entendeu que a pandemia tivesse a ver com essa matéria”, respondeu, perante a insistência dos jornalistas.

Em relação à pandemia, para Marcelo Rebelo de Sousa “o fundamental” é que “continue a sintonia, isto é, este diálogo, entre quem tem de decidir e os portugueses que têm também nas suas mãos a decisão final porque depende do seu comportamento este equilíbrio entre a abertura e o controlo da epidemia”.

“O comportamento dos portugueses tem sido exemplar e quando comparamos com outros processos, noutros países que têm altos e baixos, avanços e recuos, até agora nós encontramos um processo linear no comportamento dos portugueses e na relação com a evolução da pandemia e isso é positivo”, defendeu.

O chefe de estado reiterou que os momentos das reaberturas de 18 de maio e de 01 de junho precisam de ser avaliados.

“Essas duas avaliações permitirão, no final de junho, termos todos portugueses uma visão mais completa daquilo que todos temos dito que é nesta fase o estar a proceder a uma abertura da vida económica social com o controlo do surto, da pandemia”, referiu.

Questionado sobre se já vê a “luz ao fundo do túnel”, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que isso é “falar de uma realidade que os portugueses vão, eles próprios, conquistando”.

“Até agora têm vindo a conquistar. Queremos ter a certeza que continuarão a conquistar ao longo das próximas semanas”, disse apenas.

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