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Covid-19: Irão alerta sobre “retrocesso” no combate à pandemia

LUSA
11-05-2020 14:13h

O Governo do Irão alertou hoje sobre “retrocessos” nos esforços contra o novo coronavírus caso não sejam respeitadas as regras sanitárias e anunciou 45 novos óbitos relacionados com a covid-19.

As autoridades restabeleceram as restrições de deslocação na província de Khuzistão (sudoeste), onde a situação é considerada particularmente inquietante pelo Governo.

“Registámos um retrocesso no Khuzistão devido ao aumento do número de pessoas hospitalizadas e o desrespeito pelos protocolos” sanitários, indicou à televisão estatal o vice-ministro da Saúde, Ali Reza Raisi.

“Isso pode suceder em qualquer outra província se não tomarmos atenção”, assinalou, acrescentando que, caso seja necessário, as restrições serão reimpostas em outras regiões.

As autoridades voltaram a encerrar os serviços administrativos, bancos e comércio não essencial em nove municípios do Khuzistão.

O porta-voz governamental, Ali Rabii, considerou que “menos de 50%” dos habitantes desta província respeitaram as indicações transmitidas pelas autoridades.

Desde há cerca de um mês que o ministério da Saúde não divulga o balanço da pandemia nas províncias, em particular para limitar as deslocações entre regiões.

Por sua vez, a televisão estatal difundiu hoje imagens que mostram numerosos habitantes da capital Teerão sem máscara de proteção.

Com mais 45 óbitos nas últimas 24 horas, o balanço nacional eleva-se a 6.685 mortos, indicou Kianouche Jahanpour, porta-voz do ministério da Saúde iraniano.

Em simultâneo, foram detetados mais 1.683 casos do novo coronavírus, elevando o total para 109.283 pessoas infetadas, precisou.

Entre as pessoas infetadas, 87.422 já recuperaram e 2.703 estão em estado crítico, adiantou.

No sábado, a agência oficial Irna referiu-se ao encerramento pelas autoridades de 1.300 ‘sites’ da internet e à detenção de 320 pessoas acusadas de terem propagado rumores sobre o vírus.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 282 mil mortos e infetou mais de 4,1 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de 1,3 milhões de doentes foram considerados curados.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (79.528) e mais casos de infeção confirmados (mais de 1,3 milhões).

Seguem-se o Reino Unido (31.855 mortos, mais de 219 mil casos), Itália (30.560 mortos, mais de 219 mil casos), Espanha (26.744 mortos, mais de 227 mil casos) e França (26.380 mortos, mais de 176 mil casos).

Por regiões, a Europa soma mais de 156.400 mortos (mais de 1,7 milhões de casos), Estados Unidos e Canadá mais de 84.300 mortos (cerca de 1,4 milhões de casos), América Latina e Caribe mais de 20.800 mortos (mais de 373 mil casos), Ásia mais de 10.700 mortos (cerca de 300 mil casos), Médio Oriente mais de 7.600 mortos (mais de 227 mil casos), África mais de 2.200 mortos (mais de 63 mil casos) e Oceânia com 125 mortos (mais de 8.200 casos).

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