"Esta retoma será gradual, transitória, de forma crescente e deve ser feita continuando a proteger os profissionais e a população", afirmou Pedro Ramos, em videoconferência, no Funchal.

O governante disse que estão abrangidas as atividades que se encontravam condicionadas devido à pandemia de covid-19 ao nível da saúde pública, convencionada, privada e social e também o serviço de emergência pré-hospitalar, que vão recuperar o funcionamento de acordo com as regras anteriores.

"Terá de haver calendarização do processo por semanas, em que na primeira semana os serviços definirão quais as aéreas prioritárias e a forma como querem começar, na semana seguinte poderá haver utilização de um terço da capacidade instalada, que depois aumentará para metade, para dois terços", esclareceu.

Os lares de terceira idade e as unidades de internamento de longa duração da rede regional de cuidados continuados integrados vão permanecer condicionados, nomeadamente com a proibição de visitas, por razões de "proteção de cidadãos mais vulneráveis e por respeito pela sua vida".

Pedro Ramos sublinhou que o objetivo do executivo regional, de coligação PSD/CDS-PP, é proceder à recuperação das consultas, das cirurgias, dos meios complementares de diagnóstico e terapêutica e dos rastreios.

"Queremos encetar progressiva e cautelosamente o aumento da atividade presencial da consulta, não associada à infeção covid-19, com prioridade para as especialidades que apresentavam maiores dificuldades antes da pandemia", esclareceu, reforçando que, a partir de agora, não serão abandonadas práticas como o inquérito epidemiológico, o controlo de temperatura, a higienização das mãos, a desinfeção dos espaços, o uso de máscara e o distanciamento social.

"Sabemos que será um desafio enorme recomeçar e recuperar, mas os profissionais de saúde estão com capacidade para o fazer com segurança e qualidade", disse.

Pedro Ramos adiantou que a estratégia para a retoma das atividades a saúde foi traçada depois de ouvidas todas as entidades públicas e privadas do setor e conforme as recomendações nacionais e internacionais para as áreas médicas, cirúrgicas, cuidados de saúde primários, cuidados continuados integrados e estruturas para idosos.

O arquipélago da Madeira regista 90 casos de covid-19, já com 51 doentes recuperados.

Em Portugal, morreram 1.105 pessoas das 26.715 confirmadas como infetadas, e há 2.258 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 263 mil mortos e infetou cerca de 3,7 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.