Dois utentes do lar Geriabranca internados há mais de um mês no hospital das Forças Armadas no Porto regressam sexta-feira àquela instituição de Albergaria-a-Velha, juntando-se a outros nove que já tinham voltado depois de testarem negativo à covid-19.
"Regressaram nove utentes que já recuperaram da doença e na sexta-feira vão regressar mais dois", disse hoje à Lusa Lurdes Reis, diretora técnica do lar que registou seis mortes associadas à covid-19.
A mesma responsável afirmou ainda que no hospital militar permanecem outros três utentes do lar que continuam infetados com o novo coronavírus.
No dia 29 de março, 17 utentes do lar que testaram positivo à covid-19 foram transportados para o hospital militar, na sequência de um pedido da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, três dos quais acabaram por morrer naquelas instalações.
Atualmente, na casa geriátrica situada na freguesia da Branca há apenas uma utente infetada que teve alta do Hospital de Aveiro.
"Ela esteve internada cerca de um mês e como continuava positiva, mas já não tinha critérios clínicos para permanecer internada no hospital, regressou ao lar e está numa área reservada", disse Lurdes Reis.
A responsável do lar Geriabranca, que chegou a ter mais de três dezenas de infetados entre utentes e colaboradores, mostra-se confiante e assume que já passaram pela "tempestade".
"Ainda não é a normalidade, porque ainda estamos nesta conjuntura de covid. Ainda não temos a casa aberta como antigamente às visitas, mas já estamos um bocadinho mais próximos. Já temos a casa quase cheia", disse Lurdes Reis.
O concelho de Albergaria-a-Velha regista até ao momento 93 casos de covid-19, incluindo 37 referenciados como recuperados, havendo a lamentar nove óbitos.
Portugal contabiliza 1.089 mortos associados à covid-19 em 26.182 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 260 mil mortos e infetou cerca de 3,7 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.