O município de Gouveia vai assegurar a realização de testes de despiste e de diagnóstico à covid-19 aos funcionários e colaboradores de todas as creches do concelho, assumindo o valor de 50% dos custos, foi hoje anunciado.
A autarquia de Gouveia, no distrito da Guarda, refere em comunicado hoje enviado à agência Lusa que a medida será realizada em articulação com os serviços da Segurança Social.
"Em resultado das recentes medidas de desconfinamento do Governo, onde se inclui a reabertura das creches, agendada para o dia 18 de maio, o município de Gouveia entendeu implementar, como medida preventiva, a realização de testes aos trabalhadores daquelas instituições", justifica o município presidido por Luís Tadeu.
Segundo a nota, a realização dos testes de despiste da covid-19 contemplam a Fundação A Nossa Casa (oito testes), a Associação de Beneficência Cultural e Recreativa de Lagarinhos (três), a Associação de Beneficência Popular de Gouveia (11), a Casa do Povo de Vila Nova de Tazem (sete), o Centro de Assistência, Cultura e Recreio de Paços da Serra (quatro) e a Fundação Laura dos Santos (sete).
A medida municipal "surge como mais uma das iniciativas preventivas que a autarquia tem vindo a implementar para proteger a população, em especial os grupos mais vulneráveis, com o propósito de assegurar a contenção do contágio" pelo coronavírus no território.
A autarquia de Gouveia lembra que "já tem vindo a assumir integralmente os custos da realização de testes a funcionários e profissionais das Instituições Particulares de Solidariedade Social do concelho, sempre que cada equipa ou turno de colaboradores (a funcionar em espelho) entra ao serviço, tendo, até à data, realizado mais de 284 testes".
No Lar da Santa Casa da Misericórdia de Gouveia, o único foco de infeção do concelho, para além dos funcionários da instituição, "também os utentes foram testados em duas rondas de testes, tendo sido realizados 164 testes", remata.
Em Portugal, morreram 1.074 pessoas das 25.702 confirmadas como infetadas, e há 1.743 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
Portugal entrou no domingo em situação de calamidade, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.
Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.