O Presidente francês, Emmanuel Macron, disse estar confiante de que os Estados Unidos se unirão a um projeto global de investigação para encontrar uma vacina contra o novo coronavírus.
Vários governos, organizações internacionais e bancos mundiais prometeram hoje doar mais de sete mil milhões de euros para encontrar rapidamente uma vacina contra o novo coronavírus, durante uma cimeira por videoconferência organizada pela União Europeia.
Contudo, nem os Estados Unidos nem a Rússia marcaram presença nessa cimeira.
Macron, que doou 500 milhões de euros dos cofres do Estado francês, reconheceu que os EUA “ficaram à margem” desta iniciativa, mas acrescentou que essa ausência não compromete nem desacelera o projeto multinacional.
O Presidente francês disse que já discutiu o tema com o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, e que ficou convencido de que os EUA, em algum momento, acabarão por se juntar à iniciativa, cujo propósito é encontrar uma vacina o mais depressa possível e torná-la acessível a todos os países.
Macron acrescentou que o seu Governo está em diálogo permanente com a Casa Branca e com empresas norte-americanas, para procurar soluções eficazes para a pandemia de covid-19.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 247 mil mortos e infetou mais de 3,5 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.