Aquelas vacinas foram adquiridas pelo Ministério da Saúde Pública guineense a um fornecedor na Dinamarca, mas com o fecho das fronteiras, derivado do estado de emergência em quase todo o mundo, já não conseguiram chegar a Bissau, observou Balé.

O responsável pelos serviços de Imunização e Vigilância Epidemiológica tem consciência de que "muitas crianças estão sem a vacina de BCG", mas também defende que a situação poderá ser resolvida "logo que haja a retoma dos voos".

Carlitos Balé discordou também com as críticas segundo as quais a luta contra a covid-19 fez parar as campanhas de vacinação às crianças recém-nascidas na Guiné-Bissau.

"Posso confirmar que não há qualquer indicação no sentido de pararmos com a vacinação normal, o que há é a rotura de estoque de vacina de BCG, mas as outras vacinas continuam normalmente", observou Balé.

O recém-nascido que pesar mais de 2,5 quilogramas deve ser imediatamente vacinado contra todas as doenças, disse o responsável, citando o protocolo em vigor em todos os centros de saúde e hospitais das 11 regiões sanitárias da Guiné-Bissau.

O Centro de Operações de Emergência de Saúde (COES) da Guiné-Bissau aumentou hoje para 413 o número de casos registados com covid-19 no país, incluindo 19 curados e um morto.

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, prolongou, pela segunda vez, o estado de emergência no país até 11 de maio.

No âmbito do combate à pandemia, as autoridades guineenses encerraram também as fronteiras, serviços não essenciais, incluindo restaures, bares e discotecas e locais de culto religioso, proibiram a circulação de transportes urbanos e interurbanos e limitaram a circulação de pessoas ao período entre as 07:00 e as 14:00 horas.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 247 mil mortos e infetou mais de 3,5 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.