SAÚDE QUE SE VÊ

1.º de Maio: Sindicalistas do Partido Comunista grego manifestam-se na Praca Syntagma

LUSA
01-05-2020 12:34h

Centenas de elementos do sindicato comunista grego PAME desafiaram hoje a proibição de manifestações decretadas pelo Governo devido à pandemia da covid-19 e concentraram-se na emblemática Praça Sintagma, em Atenas, para celebrarem o 1.º de Maio.

Os manifestantes acorreram à concentração do Dia do Trabalhador com máscaras e luvas, e foram tomando os seus postos em fila até formarem um quadrado de modo a todos ficarem a ver o parlamento mantendo a devida distância entre si.

Antes, os organizadores da concentração tinham colocado autocolantes no chão para que cada manifestante soubesse onde se colocar.

Sob o lema “As bocas tapadas continuam a ter voz”, o sindicato decidiu ignorar a proibição do Governo de reuniões com mais de 10 pessoas devido à pandemia de covid-19.

O vice-ministro da Proteção Civil, Nikos Jardaliás, sublinhou que as medidas restritivas impostas em março vigoram até domingo.

Jadaliás frisou que as concentrações neste primeiro de maio podem pôr em perigo a saúde pública e pediu aos manifestantes que respeitem a “luta dos médicos e enfermeiras”.

O Governo grego tinha pedido para que fossem adiados todos os atos comemorativos até ao próximo sábado quando entrará em vigor a primeira fase do desconfinamento.

Na sua mensagem para o Dia do Trabalhador, o secretário-geral do Partido Comunista KKE, Dimitris Kutsumbas, afirmou que apesar da celebração se realizar nas difíceis condições impostas pela pandemia, o mundo olhar para o futuro já que há que resolver o dilema “socialismo ou barbárie”.

“Nós respondemos ´socialismo`. Necessitamos de uma nova sociedade justa, em que a classe trabalhadora esteja no poder, em que se proteja a saúde das pessoas e haja prosperidade”, assinalou.

Outros sindicatos foram chamados a participar nas comemorações expressando-se através das redes sociais.

MAIS NOTÍCIAS