O PCP quer saber o que pretende o Governo fazer para "garantir o reforço de profissionais do Hospital Magalhães Lemos", no Porto, e como reforçar as "respostas de apoio e acompanhamento social" aos utentes saídos daquela unidade de saúde.
Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, o Grupo Parlamentar do PCP dá conta de que reuniu com o Conselho de Administração do Hospital Magalhães Lemos, "que presta cuidados de saúde mental a um alargado número de utentes de 13 concelhos, designadamente no que se refere ao internamento, para o qual tem 210 camas disponíveis".
Os comunistas concluíram daquela reunião existe uma carência de auxiliares de ação médica, bem como de trabalhadores para funções administrativas para responder ao conjunto das necessidades existentes" no Magalhães Lemos.
"Foi igualmente colocado ao Grupo Parlamentar do PCP a necessidade de resposta aos utentes no momento "pós-alta", tendo sido ainda assinalado que cerca de 40% dos doentes que estão internados não precisam, efetivamente, desse internamento", aponta ainda o PCP.
Segundo os comunistas, "a resposta pública deficitária ao nível dos cuidados de saúde continuados, bem como apoio e acompanhamento social aos utentes e às famílias, podem significar, para muitos utentes, a continuidade de uma situação de internamento no Hospital Magalhães Lemos quando tal não seria necessário".
Para o grupo "as insuficientes e, em muitas situações, inexistentes respostas de apoio social, podem também conduzir, quando estas situação se verifica após a alta, "recaídas" de utentes", estado que "poderia ser atenuado se existissem as necessárias respostas públicas de apoio e acompanhamento social a estes doentes e às suas famílias".
O PCP refere ainda que lhe foi colocada "a necessidade de melhorar o processo de substituição de profissionais, tornando-o mais célere".
Os comunistas esclarecem que a "defesa do Serviço Nacional de Saúde é inseparável da valorização social, profissional e salarial de todos os seus profissionais, da melhoria das condições da prestação de cuidados de saúde, do reforço da sua capacidade de resposta e do reforço do financiamento às instituições".
Para tal é preciso combater "o subfinanciamento crónico do Serviço Nacional de Saúde que se vem arrastando há largos anos, fruto de opções políticas de sucessivos governos".
Neste sentido, os deputados do PCP querem saber "o que pretende o Governo fazer para garantir o reforço de profissionais" no SNS, designadamente de auxiliares de ação médica e de trabalhadores para funções administrativas.
Ao Ministério da Saúde, o PCP pergunta igualmente "que medidas pretende o Governo tomar para reforçar a resposta pública no âmbito dos cuidados continuados" e que pretende fazer o ministério de Marta Temido, "em articulação com outros Ministérios, para garantir respostas de apoio e acompanhamento social, de forma a que, após a alta, estes utentes e as suas famílias tenham o acompanhamento de que necessitam".