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Covid-19: Tráfego de passageiros caiu 97% em abril no aeroporto de Heathrow

LUSA
01-05-2020 10:47h

O aeroporto de Heathrow, o mais movimentado da Europa, estima que o tráfego de passageiros caiu 97% em abril face ao mesmo mês do ano anterior devido às restrições de viagem impostas pela pandemia da covid-19, anunciou hoje, num comunicado.

No primeiro trimestre, o número já tinha caído 18,3%, para 24,6 milhões de passageiros face ao mesmo período de 2019, ano em que bateu o recorde de 81 milhões de passageiros. 

As restrições impostas por muitos países na entrada de pessoas do estrangeiro levaram a maioria das companhias aéreas a reduzirem as suas operações, embora algumas ligações continuem, incluindo entre Portugal e o Reino Unido. 

O aeroporto de Heathrow tem sido também usado para os voos de repatriamento de cidadãos britânicos e europeus e para o transporte de mercadorias, nomeadamente de equipamento de proteção para médicos e enfermeiros. 

No primeiro trimestre, a empresa registou um prejuízo de 278 milhões de libras (318 milhões de euros), comparado com um lucro de 132 milhões de libras (151 milhões de euros) no mesmo período do ano passado.  

A empresa diz ter reduzido as despesas em 30% através de cortes nos salários da administração, renegociação de contratos e consolidando operações, e garante ter uma liquidez de 3,2 mil milhões de libras (3,7 mil milhões de euros) para manter o funcionamento, mesmo sem passageiros, durante 12 meses. 

"Quando vencermos este vírus, vamos precisar de fazer o Reino Unido voar novamente, para que a economia possa recuperar o mais rápido possível. É por isso que pedimos ao Governo britânico que assuma a liderança na definição de Normas Internacionais Comuns para viagens aéreas seguras”, disse o presidente executivo, John Holland-Kaye.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia da covid-19 já provocou mais de 230 mil mortos e infetou mais de 3,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (61.717) e mais casos de infeção confirmados (mais de um milhão).

Seguem-se Itália (27.967 mortos, mais de 205 mil casos), Reino Unido (26.711 mortos, mais de 171 mil casos), Espanha (24.543 mortos, mais de 213 mil casos) e França (24.087 mortos, mais de 167 mil casos).

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.

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