A presidente da Autoridade do Medicamento alerta que o organismo precisa “com urgência” de mais recursos humanos, até porque é necessário reforçar a sua atividade inspetiva.
Maria do Céu Machado foi hoje ouvida na comissão parlamentar de Saúde sobre falhas de medicamentos disponíveis nas farmácias.
Durante a audição, a responsável indicou que o Infarmed necessita “com urgência” de mais recursos humanos, até porque é preciso reforçar a sua atividade inspetiva.
Já estão em curso pedidos de contratação de colaboradores, disse, mais ainda sem resposta, apesar de a falta de resposta não ser do Ministério da Saúde.
Durante o ano passado, Maria do Céu Machado indicou que saíram cerca de 20 profissionais, enquanto a atividade aumentou, nomeadamente as ações inspetivas.
“Precisamos com urgência de ter mais meios e ter alguma liberdade para fazer contratações individuais de trabalho. [Nalguns casos] Nem que sejam contratos temporários”, referiu em declarações aos deputados, indicando ainda que sendo o Infarmed um instituto com receitas próprias não iria constituir um encargo adicional para a função pública.
Segundo a responsável, não se trata apenas de “falta de recursos humanos”, mas também de muitos técnicos superiores terem um “trabalho muito mal pago para a responsabilidade que têm”.
Há técnicos diferenciados a fazer avaliações fármaco-económicas, que trabalham há sete ou há 10 anos no Infarmed, e que levam para casa vencimentos de 900 euros.