O concurso para a construção da nova farmácia do Centro Hospitalar do Oeste (CHO), no valor de 150 mil euros, deverá ser lançado no primeiro quadrimestre de 2020, anunciou o Ministério da Saúde.
A construção de um novo laboratório de citotóxicos “está em fase de apreciação”, informou o Ministério da Saúde, estimando que após o lançamento do concurso, nos primeiros quatro meses de 2020, a obra da nova farmácia hospitalar seja “concluída num prazo reduzido.
A informação foi hoje avançada em resposta a uma pergunta do Bloco de Esquerda (BE), que no início do mês questionou o Governo sobre os problemas identificados nos três hospitais do CHO (Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche).
Na resposta, o Ministério lembra que o Serviço Farmacêutico do CHO estava equipado com duas câmaras de fluxo laminar para preparação de citotóxicos (medicamentos oncológicos), que há dois anos foram interditadas pela Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed).
Assim, “desde há dois anos que os citotóxicos são preparados no Hospital de Santa Maria, por uma equipa do CHO, com elevados custos e encargos para a instituição e para o utente, pelos atrasos diários na administração da medicação”, admitiu o Ministério.
O investimento de 150 mil euros na obra da farmácia permitirá ao CHO dispor de “uma única câmara de fluxo laminar que dará resposta às várias unidades” e, a par com o aumento da “segurança”, conduzirá a “uma poupança de custos de transporte”, refere a resposta a que a Lusa teve acesso.
Questionado pelo BE sobre o facto de “continuarem a ser recrutadas pessoas a recibos verdes e mediadas por empresas de trabalho temporário para garantir o normal funcionamento dos três hospitais”, o Ministério divulgou, com base em informações do conselho de administração (CA) do CHO, que subsistem nos três hospitais 17 enfermeiros, nove técnicos superiores de diagnóstico, 34 assistentes operacionais e dois técnicos superiores “a exercer funções em regime de prestação de serviços”.
Porém, adiantou, a administração já submeteu “pedidos de autorização para a sua contratação”.
Na resposta ao BE, a tutela quantificou ainda em 160 mil euros os custos com transportes de doentes entre os três hospitais, no período entre janeiro e setembro deste ano.
O ministério conclui lembrando que nos últimos anos tem sido avaliada a possibilidade de construir um novo hospital para o Oeste, para dar “uma resposta mais adequada às necessidades da população”.
Nesse sentido, foi celebrado em setembro um protocolo entre o CHO, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e a Comunidade Intermunicipal do Oeste para elaborar um estudo para definição do perfil, dimensão e localização da futura unidade.
O CHO serve cerca de 3.000 pessoas dos concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra.