“Se for necessário reforçar a oferta, nós vamos precisar de apoio do Governo”, realçou à agência Lusa fonte da administração do Grupo Barraqueiro.

De acordo com a fonte, a empresa está a trabalhar com prejuízo e não tem condições para assumir mais custos neste momento.

“Estamos a trabalhar com prejuízo. Aquilo que vamos fazer é continuar a assumir a oferta que estamos a dar, que é de cerca de 40/45% nas áreas metropolitanas e fora cerca de 20%”, referiu, adiantando que “está a ser negociada com as autoridades de transportes uma oferta estabilizada nas aéreas metropolitanas”.

Segundo a administração do grupo, a oferta nas áreas metropolitanas deverá manter-se entre os 40 e 45%.

Para o grupo, a oferta tem excedido as necessidades da procura, mas, agora, vai depender afluência de pessoas em maio.

“Vamos ter de acompanhar dia a dia, semana a semana, mas com a certeza de que nós não conseguiremos reforçar se não tivermos apoio [do Governo]”, sublinhou.

À agência Lusa, a administração do Grupo Barraqueiro recordou que a partir de maio regressam as regras de compra e validação dos títulos de transporte e a reabertura da porta da frente dos autocarros.

“Vamos entrar numa normalidade do funcionamento do transporte público”, assegurou.

A empresa acrescentou que vai cumprir a “prescrição que o Governo determinou” hoje, reforçando a limpeza e higienização dos autocarros, bem como dos equipamentos de venda de bilhetes.

Os transportes públicos terão de circular, a partir da próxima segunda-feira, com a lotação máxima de dois terços da sua capacidade e os utentes terão de obrigatoriamente de usar máscara, segundo informação hoje divulgada pelo Governo.

De acordo com o plano para a reabertura da atividade económica e social, hoje divulgado após a reunião do Conselho de Ministros, a partir da próxima segunda-feira (04 de maio) nos transportes públicos a lotação será de dois terços da capacidade.

Além disso, será obrigatório o uso de máscara nos transportes públicos, que serão higienizados.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 227 mil mortos e infetou quase 3,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Cerca de 908 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 989 pessoas das 25.045 confirmadas como infetadas, e há 1.519 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

Portugal vai terminar no sábado, 02 de maio, o terceiro período de 15 dias de estado de emergência, iniciado em 19 de março.

Devido ao fim de semana prolongado, o Governo decretou, entretanto, a proibição de deslocações entre concelhos de 01 a 03 de maio.