“A medida, com caráter de empréstimo, pretende criar a maior igualdade possível das condições de acesso ao ensino e vem dar resposta à situação da pandemia covid-19 que continua a exigir o encerramento das escolas e a condicionar fortemente o funcionamento do ano letivo 2020/2021”, justifica a autarquia, em comunicado.

A nota explica que “o diagnóstico de necessidades” foi feito com a colaboração dos agrupamentos de escolas e dos professores, que contactaram os encarregados de educação de todos os alunos do concelho, no sentido de saber se dispunham ou não de meios tecnológicos para acompanhar as aulas.

“Este diagnóstico apurou que, do universo de aproximadamente 2.650 alunos existentes no concelho de Azambuja entre os 1.º e 12.º anos de escolaridade, 420 destes não possuem computador e cerca de 250 não têm acesso à internet”, acrescentam.

Esta medida implica um investimento municipal de cerca de 100 mil euros.

Desde 16 de março que todos os estabelecimentos de ensino estão encerrados, por decisão do Governo, para tentar controlar a disseminação do novo coronavírus, que já infetou mais de 20 mil pessoas em Portugal.

Mais de dois milhões de crianças e jovens, desde creches ao ensino superior, ficaram em casa e a maioria tem aulas à distância através de plataformas ‘online’ ou trocas de ‘emails’ com os seus professores.

Os alunos do básico só deverão voltar a ter aulas presenciais em setembro, já que o Governo prevê apenas a hipótese de regresso às escolas este ano letivo para os alunos do 11.º e 12.º anos, assim como para os estudantes do ensino superior.

Em Portugal, morreram 989 pessoas das 25.045 confirmadas como infetadas, e há 1.519 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.