O Aeroporto da Madeira vai continuar condicionado em número de voos e de passageiros desembarcados, mantendo-se a quarentena obrigatória para todos, disse hoje o presidente do Governo Regional, indicando que os portos e as marinas do arquipélago permanecerão encerrados.
"Faremos tudo o que é possível para que a reabertura do tráfego aéreo para a Madeira seja feita em condições de segurança para a nossa população. Ou seja, queremos que o aeroporto tenha a sua reabertura, queremos continuar a receber os turistas, mas temos de fazê-lo de forma segura", disse Miguel Albuquerque, em videoconferência, no Funchal.
O Governo Regional, de coligação PSD/CDS-PP, anunciou hoje a reabertura do comércio e da prestação de serviços ao público a partir das 00:00 de segunda-feira, 04 de maio, mas mantém ainda restrições em diversos setores devido à pandemia de covid-19, quando há registo de 86 casos positivos no arquipélago, já com 43 recuperados.
Ao nível do Aeroporto da Madeira mantém-se o limite de dois voos semanais operados pela TAP e um número máximo de 100 passageiros autorizados a desembarcar, devendo os mesmos cumprir 14 dias de quarentena.
"Temos de assegurar que os turistas, quando entram aqui, não são focos de infeção nem de uma ameaça à saúde pública", advertiu Miguel Albuquerque.
O governante sublinhou que a retoma da atividade turística depende dos mercados emissores e da evolução da pandemia de covid-19, destacando que há uma "grande indefinição" ao nível da União Europeia sobre a normalização do tráfego aéreo.
Miguel Albuquerque manifestou também dúvidas quanto à segurança dos passageiros, defendendo que o controlo da covid-19 deve ser feito no país de emissão.
Na Madeira, o acesso às praias, complexos balneares, jardins e parques infantis continua proibido, mas o executivo regional está a "trabalhar" com os grupos hoteleiros para reabrir ao turismo interno no decurso do verão, com destaque para o Porto Santo, onde agora não existem casos de covid-19.
"O desconfinamento e a abertura das atividades económicas têm de ser realizados de forma gradual e com todos os cuidados e precauções", alertou Miguel Albuquerque, quando permanecem proibidas as visitas aos lares de idosos no arquipélago, bem como os cultos religiosos com presença de pessoas e as atividades desportivas.
O Governo Regional aponta, no entanto, para maio como "mês de transição para a reposição de alguma normalidade", apelando à população para nunca "minimizar ou desprezar" os riscos que a Região Autónoma da Madeira ainda enfrenta face à pandemia de covid-19.
Na quarta-feira, segundo o Instituto da Administração da Saúde da Madeira (IASAÚDE), a região continuava, pelo quinto dia consecutivo, sem novos casos positivos, com um total de 86 infetados.
Contudo, destes, apenas 43 são situações ativas, registando-se o mesmo número de recuperados, com um doente hospitalizado devido ao agravamento da sua condição de saúde.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 227 mil mortos e infetou quase 3,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Cerca de 908 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 989 pessoas das 25.045 confirmadas como infetadas, e há 1.519 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.