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Covid-19: Utentes de lar de Boliqueime instalados em hotel regressaram à instituição

LUSA
30-04-2020 18:22h

Os utentes de um lar de Boliqueime que estavam há quase um mês instalados num hotel em Vilamoura, após a deteção de um foco de covid-19, regressaram hoje à instituição, informou a Santa Casa da Misericórdia de Boliqueime.

Numa nota publicada na sua página numa rede social, a direção do lar, no concelho de Loulé, distrito de Faro, refere que os utentes que se encontravam no hotel foram transferidos para a instituição de acordo com as orientações das autoridades de saúde locais.

O foco de contágio no lar da Santa Casa da Misericórdia de Boliqueime, no distrito de Faro, foi conhecido em 03 de abril, com o registo de 21 casos positivos entre os utentes, tendo aqueles cujo teste deu negativo sido instalados num hotel.

Segundo uma nota divulgada na quarta-feira, na mesma rede social, havia “um total de quatro utentes internados no Centro Hospitalar e Universitário do Algarve, dois positivos e dois negativos”, um dos quais com “um mau prognóstico clínico”.

O último balanço divulgado pela direção do lar, na terça feira, apontava para “14 casos positivos, 43 negativos e três óbitos” de utentes do lar infetados pelo novo coronavírus.

Nesse dia foi realizada uma higienização do piso 1 da instituição, após uma ação de descontaminação, levada a cabo na segunda-feira “pela GNR, em articulação com a Proteção Civil da Câmara de Loulé e a Cruz Vermelha Portuguesa”.

A maioria dos utentes infetados permaneceram no lar com outros que, embora negativos, tiveram de ali ficar por limitação física ou demência. Os restantes casos negativos estiveram durante quase um mês alojados num hotel em Vilamoura.

Os lares de idosos do Algarve estão a ser alvo de um programa de rastreio desenvolvido pelo Centro Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve (ABC), em colaboração com o Instituto de Segurança Social.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 227 mil mortos e infetou quase 3,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Cerca de 908 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 989 pessoas das 25.045 confirmadas como infetadas, e há 1.519 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

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