O PS/Madeira considerou hoje que as medidas anunciadas pelo Governo Regional de retoma da economia “são importantes para o futuro” do arquipélago, desde que sejam cumpridas as recomendações das autoridades de saúde.
“O Governo Regional anunciou, há pouco, algumas das medidas adotadas para a retoma da economia regional, nomeadamente com a abertura de alguns estabelecimentos de comércio e serviços”, dizem os deputados socialistas madeirenses, num comunicado distribuído na região.
O documento, assinado por Paulo Cafôfo, sublinha que essas medidas, “do ponto de vista do PS-M, são importantes para o futuro da Região, desde que o seu funcionamento seja seguido segundo as recomendações das autoridades de saúde, garantido assim o bem-estar e segurança de toda a população”.
O grupo parlamentar do PS/Madeira defende ser necessário “esclarecer a população quanto às medidas de segurança adicionais a ser implementadas nos transportes públicos”.
Adianta que as pessoas devem conhecer as decisões sobre “o aumento do número de carreiras, uma vez que a reabertura dos estabelecimentos de comércio e serviços levará, consequentemente, a um maior fluxo de passageiros em circulação”.
Os socialistas sublinham que existe uma “responsabilidade repartida” entre o Governo Regional, as pessoas e as empresas.
O executivo madeirense, lê-se na nota, deve definir “as regras para os diversos setores de atividade económica, monitorizando através de uma testagem alargada aos grupos de risco e pessoas mais expostas no contacto público”.
“Defendemos que a estratégia deverá passar por testar, diagnosticar, detetar, isolar e tratar”, sublinham.
Quanto à população e setor empresarial, são responsáveis pelo “uso de máscaras e no respeito do distanciamento social, bem como na higienização de espaços públicos”, salientam.
Os parlamentares socialistas madeirenses realçam que “a batalha contra a covid-19 ainda não foi vencida”, mas, aos poucos, é possível a “tão desejada superação e retoma à normalidade”.
O PS/M pretende uma “retoma faseada e em segurança da atividade económica na Região Autónoma da Madeira, conforme anunciada pelo Governo Regional”.
“Os dados que nos são publicamente transmitidos, relativamente à saúde pública, indiciam uma avaliação positiva: número baixo de pessoas infetadas, nenhuma morte e um Sistema Regional de Saúde que não foi sobrecarregado”, apontam.
Contudo, realçam que “o fim do estado de emergência não significa o desaparecimento do vírus” e que o risco mantém-se, sendo preciso “reduzi-lo ao máximo”.
O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, anunciou hoje a reabertura do comércio e dos serviços, a partir de segunda-feira, mediante "claras regras de segurança", desde logo com a obrigatoriedade do uso de máscara para quem presta o serviço - trabalhadores - e quem recebe o serviço - clientes - no interior dos espaços comerciais.
A reabertura do comércio na região implica a adoção de medidas de higiene e desinfeção de todos os equipamentos no interior dos estabelecimentos e todas as entidades patronais serão obrigadas a controlar a temperatura corporal dos trabalhadores duas vezes por dia, no início do período de trabalho e no fim do mesmo.
Vão também reabrir na segunda-feira as barbearias, cabeleireiros, centros de estética e institutos de beleza, com a obrigatoriedade de assegurarem marcação prévia, a fim de evitar concentrações de pessoas em espera.
Na quarta-feira, segundo o Instituto da Administração da Saúde da Madeira (IASAÚDE), a região continuava, pelo quinto dia consecutivo, sem novos casos positivos, com um total de 86 infetados.
Contudo, destes, apenas 43 são situações ativas, registando-se o mesmo número de recuperados, com um doente hospitalizado devido ao agravamento da sua condição de saúde.
Portugal regista hoje 989 mortos associados à covid-19, mais 16 do que na quarta-feira, e 25.045 infetados (mais 540), indica o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde.
Comparando com os dados de quarta-feira, em que se registavam 973 mortos, hoje constatou-se um aumento de óbitos de 1,6%.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 227 mil mortos e infetou quase 3,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Cerca de 908 mil doentes foram considerados curados.