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Covid-19: Parlamento de Israel prolonga recolha de dados dos cidadãos

LUSA
30-04-2020 12:43h

O parlamento de Israel prolongou hoje por cinco dias o prazo dado pelo Supremo Tribunal para o Governo legislar sobre o rastreamento feito pelo serviço de segurança interno aos cidadãos possivelmente infetados com o novo coronavírus.

O Shin Beth pode continuar a geolocalizar os telemóveis de potenciais infetados sem disposição legal até à meia-noite de terça-feira, decidiu a comissão de Negócios Estrangeiros e Defesa do Knesset (parlamento).

O tribunal determinou que o Governo tem de enquadrar com legislação o programa de vigilância - que associações de defesa dos direitos humanos consideram uma invasão da privacidade – sem o qual ele terá de ser interrompido.

Gaby Ashkenazi, à frente daquela comissão parlamentar, disse num comunicado que o governo deve reunir-se para analisar a questão no domingo, adiantando que o Knesset pode prolongar o prazo para legislar se o executivo o pedir.

Sublinhou ser necessário “analisar tecnologias alternativas” para rastrear os potenciais infetados.

O primeiro-ministro em funções, Benjamin Netanyahu, autorizou em meados de março que o Shin Beth, normalmente concentrado nas atividades antiterroristas, recolha dados sobre os cidadãos e geolocalize os seus telemóveis no âmbito da luta contra a pandemia do novo coronavírus que causa a covid-19.

Israel regista 15.870 infetados, 220 dos quais morreram. As autoridades já começaram a diminuir algumas das medidas de confinamento, autorizando por exemplo a reabertura de lojas em certas condições.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 224.000 mortos e infetou cerca de 3,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios, segundo um balanço da agência France Presse.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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