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Covid-19: BE/Açores pede para alocar a outros setores trabalhadores do turismo sem emprego

LUSA
29-04-2020 22:34h

O coordenador do Bloco de Esquerda (BE) nos Açores considerou hoje que se deve pensar em alocar trabalhadores do setor do turismo, que tenham ficado sem emprego com a pandemia de covid-19, a outras áreas da economia.

De acordo com António Lima, é necessário um "forte investimento público para empregar pessoas que eventualmente não terão emprego no imediato no turismo", setor que “terá muitas dificuldades e que, enquanto não for possível a existência de deslocações seguras entre diversos países, ou no território nacional", terá problemas acrescidos.

E insistiu: "Este é um cenário que tem de estar precavido e estar a ser trabalhado, sem prejuízo de se estar a preparar a retoma desse setor [turismo]".

O bloquista falava em entrevista à RTP/Açores a propósito da covid-19 e da resposta da região ao surto.

No campo da saúde, o BE pede um "programa musculado" de recuperação de consultas e cirurgias e um programa especial de deslocação de especialistas às ilhas sem hospital, para evitar deslocações de utentes.

António Lima sublinhou ainda que uma cadeia de contágio do novo coronavírus tem ligação direta ao hospital de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, o que retirou confiança dos açorianos na própria estrutura.

"Tem de haver um trabalho do Governo Regional, do hospital e da Autoridade de Saúde para que essa confiança seja reconquistada", vincou o bloquista.

Até ao momento, já foram detetados na região um total de 138 casos de infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19, verificando-se 40 recuperados, 12 óbitos e 86 casos positivos ativos.

Destes, 62 são em São Miguel, três na ilha Terceira, cinco na Graciosa, dois em São Jorge, nove no Pico e cinco no Faial.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 224 mil mortos e infetou mais de 3,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios. 

Cerca de 890 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 973 pessoas das 24.505 confirmadas como infetadas, e há 1.470 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

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