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Covid-19: “O sarampo é muito mais contagioso e é agressivo em todas as idades”

Canal S+ | ALS
29-04-2020 19:39h

O ressurgimento do sarampo está associado a vários fatores, como o desconhecimento sobre esta doença viral e os movimentos anti-vacinação. Poucos se lembram do que provoca. Também não há grande memória de que pode correr mal. A vacina continua a ser a única arma disponível.

Desde 2018, que o sarampo voltou a ser motivo de preocupação para as autoridades de saúde mundiais. A tendência crescente confirmou-se no verão do ano passado, quando a Organização Mundial da Saúde apresentou números relativos aos primeiros seis meses do ano. As conclusões mostravam que há 13 anos que não se registavam tantos casos, com 182 países a notificarem um total de 364 808 infetados com sarampo. Reino Unido, Grécia, Albânia e República Checa, países onde se chegou a declarar a doença como erradicada, também registaram casos.

Eduardo Ribeiro, ainda estudava medicina quando viu casos de sarampo e recorda-se de um surto, nos anos oitenta. O médico pediatra, entrevistado pelo Canal S+, recorda que é uma doença viral da qual há pouca memória e nem sempre corre tudo bem. Uma em cada mil pessoas acaba por morrer.

 

Eduardo Ribeiro, considera que o ressurgimento está associado a vários fatores. Em declarações ao Canal S+, o médico pediatra considera que menos 13 mil crianças vacinadas é um número perturbador e que as vacinas são perfeitamente seguras.

 

Quanto aos movimentos anti-vacinação, o médico pediatra recorda que o estudo que lhes serviu de base, já foi desmentido por diversas vezes. Eduardo Ribeiro, acredita que a sociedade só vai ter noção do valor de uma vacina, quando se descobrir a da covid-19.

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