O líder do PSD, Rui Rio, considerou hoje que o plano de retoma devido à pandemia apresentado pelo Governo “é razoável”, avisando os portugueses que depois do estado de emergência não podem ir para a rua de forma normal.
Rui Rio falava aos jornalistas depois de cerca de duas horas de reunião com o primeiro-ministro, António Costa – que está hoje a receber todos os partidos na residência oficial a propósito do calendário e plano de retoma devido à pandemia de covid-19 – e garantiu que “o PSD tem feito um esforço - e vai continuar a fazer - para apoiar o plano”.
“Agora, o plano tem de estar dentro daquilo que nós consideramos razoável. Se não considerar razoável. não posso apoiar aquilo que não é razoável. Aquilo que nos foi apresentado é razoável”, afirmou.
O líder social-democrata espera agora para ver como é o que fica decidido “no fim do dia, depois de ouvidos os partidos todos e decidido pelo Conselho de Ministros”.
“Se ficar dentro daquilo que está, não é por podermos discordar de um pontinho ou de outro que vamos fazer uma revolução que isto não faz sentido nenhum no quadro que estamos a viver. Por isso é que nós demos as nossas sugestões, mostramos as nossas preocupações”, afirmou.
No entanto, em relação ao fim do estado de emergência, que terminará no sábado, Rio avisou que é importante que os portugueses percebam que isso “não quer dizer que no dia seguinte pode toda a gente vir para a rua de uma forma normal”.
“Não, bem pelo contrário. Têm de continuar com o comportamento que têm tido até aqui e o que altera é apenas essas aberturas, lentas, que o Governo vai determinar. Quanto ao mais, as pessoas têm de se continuar a comportar”, defendeu.
Os números que ainda na terça-feira ouviram dos especialistas “não apontam para uma melhoria fantástica”.
“Nós ainda estamos numa situação de bastante risco, ou seja, facilmente tudo isto dispara outra vez e depois perdemos a mão a isto”, advertiu, referindo que a situação “não está suficientemente melhor para que se possa chegar a uma vida próxima da normalidade nem próxima da normalidade”.