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PALOP reforçam em Maputo papel de ativistas em prol de pessoas com albinismo

LUSA
27-11-2019 10:02h

Uma conferência em Maputo reúne entre hoje e sexta-feira 150 participantes de todos os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) para reforçar o conhecimento sobre pessoas com albinismo, anunciou a UNESCO.

"Existe uma clara escassez de ativistas formados em questões relacionadas com as pessoas com albinismo, muitas vezes excluídas das iniciativas políticas", referem os promotores do evento, uma parceria do Governo moçambicano e da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

Um exemplo de exclusão consiste no facto de "não haver dados oficiais" sobre albinismo, acrescenta a nota da organização.

A iniciativa, designada Conferência e Capacitação sobre Albinismo nos PALOP, surge na sequência da ação desenvolvida pelo Governo moçambicano e pela UNESCO, que em Moçambique tem apostado na sensibilização para o tema, como forma de combater a marginalização.

Estima-se que haja 20.000 a 30.000 pessoas com albinismo em Moçambique, muitas com condições de saúde agravadas devido à falta de pigmentação na pele, olhos e cabelo, tornando-as mais claras.

O cancro da pele é uma das principais causas de morte entre pessoas com albinismo na África Subsaariana, estimando-se que muitas morram prematuramente entre os 30 e 40 anos.

Outras pessoas são vítimas de perseguições, violência e discriminação devido a mitos e superstições - especialmente quando são crianças -, colocando-as entre as que mais sofrem de violações de direitos humanos.

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