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Morrem 13 crianças por hora no mundo devido a SIDA

LUSA
26-11-2019 14:55h

A UNICEF divulgou hoje que 13 crianças morrem por hora no mundo por causas ligadas à sida e apenas metade das pessoas infetadas pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) tem acesso ao tratamento, noticiou a agência EFE.

De acordo com os mais recentes estudos globais apresentados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF, na sigla em inglês), em Joanesburgo, a sida e as suas consequências causam uma média diária de 320 mortes de menores, sendo que a África subsaariana é a região mais afetada.

Só a África Subsariana alberga cerca de 2,4 milhões dos 2,8 milhões de crianças que, segundo as estimativas, vivem com o VIH (que desencadeia a SIDA) em todo o mundo.

Os dados revelaram que entre os adolescentes, a população feminina é quase três vezes mais vulnerável à infeção do que a população masculina.

Durante 2018, foram registadas cerca de 160.000 novas infeções em crianças até aos 9 anos, e nesse grupo, cerca de 89.000 foram infetadas durante a gravidez e o nascimento, e cerca de 76.000 durante o período de amamentação.

“Houve um grande sucesso na prevenção da transmissão mãe-filho, mas o progresso parou e muitas crianças continuam infetadas pelo HIV”, alerta a UNICEF no relatório.

De acordo com o relatório, apenas 54% das crianças até aos 14 anos infetadas pelo HIV, tiveram acesso a terapias antirretrovirais.

“O mundo está no limiar de realizar grandes conquistas na batalha contra o sida e o vírus da imunodeficiência humana, mas não nos devemos basear nos louros do progresso alcançado”, disse a diretora executiva da UNICEF, Henrietta Fore, em comunicado.

O acesso das mães a tratamentos antirretrovirais para impedir a transmissão do vírus para os seus filhos, aumentou globalmente, atingindo uma taxa de 82%, tendo em conta que há uma década a taxa era de 44%.

“Dar tratamento ajudou a prevenir cerca de dois milhões de novas infeções pelo HIV e a prevenir mais de um milhão de mortes de crianças com menos de 5 anos”, disse a diretora executiva.

De acordo com a especialista, o principal objetivo agora é alcançar avanços semelhantes no tratamento pediátrico de crianças já infetadas, visando aumentar a qualidade e a expectativa de vida.

Por esse motivo, a UNICEF aproveitou a divulgação dos dados para instar governos e instituições a investirem em meios de diagnóstico e tratamento para crianças.

A África subsaariana é seguida pelo sul da Ásia com 100.000 casos de crianças infetadas, no Leste da Ásia e Pacífico (Oceânia) com 97.000 e na América Latina e Caraíbas com 76.000.

Os dados foram recolhidos pela UNICEF durante 2018 e divulgados hoje, como forma de assinalar o Dia Mundial contra a Sida, em 01 de dezembro.

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